sexta-feira, 2 de novembro de 2012

História e Lenda do Qingming, o dia dos Finados Chinês

 
História e Lenda do Qingming, o dia dos Finados Chinês
 
 
Os cemitérios chineses enchem-se de pessoas para visitar as campas dos seus antepassados e proceder à sua limpeza e arranjos, passando aí uma boa parte do dia, tomando uma refeição de comida fria sobre a campa, já que é o dia de ir prestar homenagem aos antepassados.
 
Por isso, multidões para aí se dirigiram carregando inúmeros sacos, uns com incenso de vários tamanhos e com dinheiro dos mortos, e outros com comida.
 
Qingming (Cheng Meng em cantonês), que significa limpo e brilhante, é a festa do Puro Brilho ou Pura Claridade. Uma das raras festividades chinesas ligadas ao calendário solar e realiza-se no dia 4 de Abril, 105 dias depois do Solstício de Inverno.
 
Nesse dia faz-se a Grande Cerimónia tauista aos que já passaram por esta vida. As famílias realizam oferendas de sacrifícios, queimando incenso e dinheiro dos mortos, reunindo-se à volta da campa, o que permite um estreitar de laços entre os membros, celebrando-se aí uma refeição.
 
Desde a dinastia Ming, esta refeição de Comida Fria celebra-se no Qingming e está ligada a uma história que remonta ao período da Primavera - Outono da dinastia Zhou do Leste.
 
Carne e fogo
 
 A história aconteceu no reino Jin e começou em 655 a.C.. A segunda mulher do duque Xian, Liji pretendendo que o seu filho, Xiqi, fosse o sucessor na governação deste reino, influenciou o marido a mandar matar os três filhos da primeira esposa.
 
O mais velho destes, Shensheng, sabendo disso, logo se suicidou e os dois irmãos mais novos fugiram. Um dia, Chong-er, o mais velho dos dois fugitivos, muito depauperado pela fome e já sem se conseguir mexer, levou a que um dos seus leais oficiais, Jie Zitui, cortasse partes de carne da sua coxa para o alimentar.
 
 
 

 

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