domingo, 11 de novembro de 2012

Poesia de Sylvia Beirute - BEBIDA; NO ENTANTO; BANDEJA COM ESTRELAS

 
Poesia de Sylvia Beirute - BEBIDA; NO ENTANTO; BANDEJA COM ESTRELAS
 
 
BEBIDA
 
{aos resistentes deste blogue}
bebo onde existe sede.
 a mão arrefece com o peso da cabeça.
este silêncio resgata palavras
para além dos factos magros e esguios.

 o meu sangue conhece o amor.
 leio Osten Sjöstrand

 
NO ENTANTO
 
 
 tão especiais os homens de acção
 e esta liberdade de poder alongar o verso até ao extremo sem ter de prestar contas ao Criador,
sem ter de ser realmente especial.
e é concebível que um desses homens
venha parar a este meu jorro, à ousadia
de ter certezas muito desenvolvidas, certezas, também elas,
até ao extremo absoluto da personalidade colectiva, às
decisões pelos velhos hábitos.

 
BANDEJA COM ESTRELAS
 
 num rosto não cabem dois.
 que as coisas tenham para nós
uma perduração
 e que emendem a revelação
das reentrâncias.

 proíbo-te à infância.
a minha voz
 ilumina a palavra não.

 
 
 Leia este tema completo a partir de 12/11/2012
 
 
 

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