Poesia de Sylvia Beirute - BEBIDA; NO ENTANTO; BANDEJA COM ESTRELAS
BEBIDA
{aos resistentes deste blogue}
bebo onde existe sede.
a mão arrefece com o peso da cabeça.
este silêncio resgata palavras
para além dos factos magros e esguios.
o meu sangue conhece o amor.
leio Osten Sjöstrand
NO ENTANTO
tão especiais os homens de acção
e esta liberdade de poder alongar o verso até ao extremo sem ter de prestar contas ao Criador,
sem ter de ser realmente especial.
e é concebível que um desses homens
venha parar a este meu jorro, à ousadia
de ter certezas muito desenvolvidas, certezas, também elas,
até ao extremo absoluto da personalidade colectiva, às
decisões pelos velhos hábitos.
BANDEJA COM ESTRELAS
num rosto não cabem dois.
que as coisas tenham para nós
uma perduração
e que emendem a revelação
das reentrâncias.
proíbo-te à infância.
a minha voz
ilumina a palavra não.
Leia este tema completo a partir de 12/11/2012
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