sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Mayra Andrade lança álbum gravado ao vivo

Discos

Mayra Andrade lança álbum gravado ao vivo

"Este CD/DVD é o registo de um momento com um grupo mais pequeno de músicos que me permitirá mais liberdade nos próximos concertos criando uma dinâmica de criação, com vista ao próximo álbum que será o terceiro de estúdio", disse Mayra à Lusa.
Mayra Andrade afirmou que, musicalmente, continua à procura caminhos. "É uma busca constante por aquilo com que me identifico, e vamos deixando pelo caminho aquilo que não nos pertence", afirmou.
O CD/DVD "Studio/05" de Mayra Andrade foi preparado em quatro dias e gravado no estúdio 05 da Radio France com público.
"A ideia era gravar um concerto de Mayra Andrade, e até esteve para ser um CD bónus do "Stória, stória" [o álbum anterior], mas depois valeu por ele próprio, tanto mais que é o meu primeiro álbum ao vivo", disse a cantora.
"Algo que me divertisse e completamente descomprometido", acrescentou.
O álbum não regista nenhum inédito e apenas recriações de temas como "Kenha ki bem ki ta bai" que abre o concerto, do repertório do grupo Finaçon. Mayra cantou-o várias vezes em espetáculos, sendo esta a primeira vez que o grava.
Ao lado de "Dinokránsa" e "Tunuka", com novos arranjos, surgem "Michelle" dos The Beatles e "La javanaise" de Serge Gainsbourg.
"Eu queria temas diferentes e pensei, vou ouvir o que tenho no iPod e escolhi 'Michelle' a partir de uma versão de Ben Harper", contou.
Ben Harper é uma das referências da cantora que quer liberdade de opções musicais e apostar na composição própria.
"Eu acho que tenho que compor mais", disse Mayra que já incluiu composições de sua autoria nos dois álbuns anteriores.
"É cada vez mais difícil encontrar compositores cabo-verdianos para este momento que estou a atravessar que é um pouco 'crossover' (transversal)", disse.
"Estou em constante procura de coisas no universos pop, e apesar de haver até excelentes compositores cabo-verdianos, são demasiado tradicionalistas, podem ser fantásticos mas não corresponder à cor do disco que eu quero", explicou.
Em "Studio/05" Mayra Andrade, nascida em Havana filha de pais cabo-verdianos, é acompanhada por Zé Luís Nascimento (percussões), Munir Hossa (viola e cavaquinho), e Rafael Paseiro (contrabaixo), o grupo com quem quer formar "uma oficina criativa de composição".
São convidados especiais Hugh Coltman com quem partilha a interpretação de "Odjus Fitchádu" e o violoncelista Vincent Ségal que participa nos temas "Stória, stória…" e "Dispidida".
(ES)

Isabel Silvestre edita “Memória de um povo”

Livros

Isabel Silvestre edita "Memória de um povo"

"Memória de um povo", que é acompanhado de um CD com o "Cantar dos Reis" (1982), reúne advinhas, lengalengas, expressões, pragas, contos, provérbios, etc..
"Uma recolha de vidas, todo o contexto do livro são tradições que não se conhece quando e de onde vieram, e que foram transmitidas de geração em geração", disse Isabel Silvestre.
A autora salientou que "há ainda muito para recolher" e que o seu sonho "é poder um dia criar uma fundação-museu que apoie e divulgue este trabalho de recolha e dinamização e o estimule".
"Há muita coisa para mostrar, instrumentos, trajes e até sabores, percursos a fazer, coisas com as quais podemos aprender", acrescentou.
Na opinião de Isabel Silvestre, "mais do que um registo, [este livro] é uma transmissão para os mais jovens".
"Acho que temos de ter forças de pôr cá fora [as tradições] e sensibilizar os mais novos para que bebam nestas fontes para continuarmos a ser o povo que somos", disse.
"Passar o testemunho às novas gerações" é uma das condições que Isabel Silvestre reputa de essencial, "para que não se perca a identificação das terras e a nacional".
A cantora e ex-autarca independente de Manhouce está confiante de que os mais novos estão interessados, mas "é essencial que os mais velhos sejam capazes de os sensibilizar e levá-los a interessarem-se por quem são.
Têm de ser os mais velhos a ensinar-lhes o caminho para que bebam nestas fontes", rematou.
"Muitas das tradições ainda se encontram vivas em Manhouce", garantiu.
Manhouce "situa-se em pleno coração da serra da Gralheira e durante anos esteve isolada", o que permitiu que se mantivessem intactas tradições de séculos, explicou.
O livro inclui uma introdução à aldeia de Manhouce (S. Pedro de Sul) e ainda um capítulo ao "modo de falar" específico, bem como quadras, romances, cantar ao desafio e as "Histórias do Zé do Gestoso". Na parte do cantar incluem-se os poemas e as pautas.
Actualmente, Isabel Silvestre ensina um grupo de raparigas (entre os 10 e os 15 anos) "a cantar Manhouce".
(ES)

Eunice Muñoz regressa ao TEC com Tenessee Williams

Teatro

Eunice Muñoz regressa ao TEC com Tenessee Williams

Com estreia marcada para 18 de Fevereiro, "O Combóio da Madrugada", conta na interpretação com Anna Paula, Pedro Caeiro e Lídia Muñoz, além de Eunice. A encenação é de Carlos Avilez.
Eunice Munõz regressa ao Teatro Experimental de Cascais (TEC)trinta e oito anos depois de aí ter representado "As Criadas" de Jean Genet.

Em "O Combóio da Madrugada", Eunice será a excêntrica milionária, Flora Goforth.

A encenação é da responsabilidade de Carlos Avilez, e conta com a participação, entre outros, de Anna Paula, Pedro Caeiro e Lídia Muñoz.
A estreia está marcada para sexta-feira, 18 de Fevereiro, pelas 21:30, no Teatro Mirita Casimiro, em Cascais.

"O Comboio da Madrugada" uma peça escrita por Tenessee Williams, em 1963, conta a história do encontro entre Flora Goforth, uma milionária excêntrica que foi artista de variedades e o jovem poeta Chris Flanders, interpretado por Pedro Caeiro, conhecido como "Anjo da Morte", que tem por hábito visitar velhas senhoras nos últimos momentos das suas vidas.



Zita Ferreira Braga

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

RADIO RAIZONLINE - 20 Horas de poesia e musica para ouvir a qualquer hora

RADIO RAIZONLINE - 20 Horas de poesia e musica para ouvir a qualquer hora

E ainda a rotação (DJ) com poesia, literatura, musica e cultura em geral 24h sobre 24h em

http://www.raizonline.com/radio/

(Veja também os programas diários) em

Duas horas e meia de poesia recitada por Arlete Piedade, de sua autoria e de outros autores, intercalada com musica de vários autores

Três horas e um quarto de poesia recitada por Joaquim Sustelo, de sua autoria e de outros autores, intercalada com musica de vários autores

Duas horas de poesia recitada por Liliana Josué, de sua autoria e de outros autores, intercalada com musica de vários autores

Duas horas de poesia e musica brasileira, de diversos quadrantes, em compacto.

Duas horas de poesia de Antero de Quental intercalada com musica clássica

O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry, total de uma hora. Primeiro musica relacionada, narração do texto e musica de novo.

Fernando Pessoa - 2 horas de poesia maioritariamente recitada por Luis Gaspar e musica clássica intervalando os poemas

Programa infantil de uma hora com histórias infantis e musica infantil

Duas horas de poesia da autoria de poetas femininas recitadas na sua maioria por declamadoras.

Uma hora de poesia recitada de vários autores e musica igualmente de vários autores.

Duas horas de poesia recitada de António Nobre e musica de vários autores.

http://www.raizonline.com/radio/compactos.htm

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Fim de Ano em Albufeira com Mariza, Expensive Soul e Asher Lane

Concertos

Fim de Ano em Albufeira com Mariza, Expensive Soul e Asher Lane

Mariza é uma das presenças confirmadas. A conceituada fadista regressa a Albufeira para mais uma actuação, embora desta vez num registo diferente daquele a que nos habituou pelo que se espera uma grande surpresa.

Do fado ao hip-hop, o grupo de rappers de Leça da Palmeira também irá fazer a contagem decrescente para 2011, em Albufeira.

Os Expensive Soul, celebrizados pelos temas "O Amor é Mágico", "Eu não Sei" ou "Falas disso", preparam-se para pôr a plateia a dançar ao som de soul, reggae, hip-hop e R&B.
Directamente da Alemanha, vai actuar a banda de rock Asher Lane. Os cinco rapazes catapultados para a fama com o single "New Days", vão interpretar alguns dos seus temas, conhecidos pelas letras intensas, que chegam aos corações de quem os ouve.

Já em 2011, e depois de encontrado o vencedor da segunda edição do programa, o palco ficará por conta de Diego Miranda.
O DJ português mais reconhecido da actualidade tem preparado um alinhamento especial que conta com a participação de diversos vocalistas. Liliana e Katorz são já presenças confirmadas.
Mas a programação de Fim de Ano começa já no próximo dia 30 de Dezembro, com o regresso do Paderne Medieval.
Até 2 de Janeiro, a aldeia histórica de Paderne irá servir de cenário a desfiles, torneios, exibições, mercado medieval, actuações musicais e muitos outros momentos históricos.



Maria de Carvalho

Olhão passa o ano com Carlos Guilherme e Ana Sêrro

Concertos

Olhão passa o ano com Carlos Guilherme e Ana Sêrro

Carlos Guilherme nasceu em Lourenço Marques e é bem conhecido do público algarvio.

Estudou com John Labarge no Conservatório Regional do Algarve e foi cantor residente do Teatro Nacional de S. Carlos de 1980 a 1992, onde se estreou com "Macbeth" de Verdi. No seu repertório já conta com 73 óperas, muitos recitais e concertos por todo o país e pelo Mundo.
Colaborou várias vezes com a Fundação Gulbenkian, com o Coro da Universidade de Lisboa, o Coral Luísa Todi de Setúbal, o Coro dos Antigos Orfeonistas de Coimbra, o Coral da Sé do Porto, a Ópera de Câmara do Real Teatro de Queluz e o Círculo Portuense de Ópera, tendo canatado em vários paises e interpretado personagens de várias óperas.
Em 2009, após fazer com sucesso o papel de Herodes na ópera Salomé (R.Strauss), em S. Carlos, foi artista convidado pelo Festival Mozart em A Coruña. Cantou ainda mais três óperas: Sansão e Dalila (Saint-Saens), Lo Frate Nnamurato (Pergolesi) e A Orquídea Branca (Jorge Salgueiro).
A sua ligação com a música ligeira é sobejamente conhecida. "Quando o coração chora" constituiu um êxito enorme sendo-lhe atribuído o 1º disco de platina em Portugal.
Mais tarde obteve novos êxitos discográficos com "Canções de Amor" (platina), "Histórias de Amor" (ouro), "Canções em Português" (prata), "Encontro" com Anabela (ouro) e outros CD.
É detentor do Prémio Tomás Alcaide e de quatro prémios Nova Gente.
A soprano Ana Sêrro nasceu em Lisboa, onde começou os seus estudos musicais aos 4 anos na Academia de Amadores de Música de Lisboa. Mais tarde, ingressou na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, onde frequentou o curso de Canto na classe da Prof.ª Maria Cristina de Castro. Estudou ainda com a Prof.ª Maria Helena Pina Manique, Prof.ª Liliana Bizineche e com a Prof.ª Elena Dumitrescu Nentwig. Actualmente estuda com a Profª Isabel Biu.
Paralelamente aos estudos musicais, licenciou-se em Relações Internacionais pelo ISCSP, fez Pós-Graduação em Estudos Europeus na Universidade Católica de Lisboa, concluiu o Proficiency in English no Instituto Britânico e o 7e Année do Instituto Franco-Portugais.
Participou no Concurso Nacional de Canto "Luísa Todi 1992", no Curso de Verão de Vishudda com récita final no ACARTE em Lisboa, no Curso internacional de verão de Cascais realizado no Teatro Gil Vicente, frequentou ainda um "Master Class" no ACARTE com Ileana Cotrubas e em "Master Classes" promovidos pelo Centro Nacional de Cultura e orientados pela Prof. Elena Dumitrescu Nentwig.
É membro do Coro do Teatro Nacional São Carlos desde 1999, tendo participado anteriormente em várias óperas e em corais sinfónicos. Foi também membro do Coro de Câmara "Camerata Vocal de Lisboa".
Como solista tem cantado várias peças de oratória e realizado alguns recitais e concertos. No âmbito do Estúdio de Ópera do Conservatório Nacional, estreou-se no C.C.B. no papel de Pamina da Ópera "A Flauta Mágica" de W.A. Mozart, e como Colombina na peça "Pequena Harlequinada" de A. Salieri.
Juntamente com o quarteto "Intempore", Ana Sêrro faz parte do "Projecto Tutti" e com eles tem participado em concertos e recitais, nomeadamente nas "Noites da Tecauto" realizadas em Torres Vedras.
Em 2009 foi convidada para concertos com a Banda de Alenquer e foi solista no Concerto de Ano Novo da Banda Sinfónica da GNR realizado no Teatro Tivoli.( nota de imprensa)



Maria de Carvalho

Casino de Vilamoura acolhe concerto de Ano Novo pela Orquestra do Algarve

Concertos

Casino de Vilamoura acolhe concerto de Ano Novo pela Orquestra do Algarve

Seguindo uma tradição que nos chegou de um dos maiores centros musicais da Europa, Viena, a Orquestra do Algarve vai estar em palco peals 17:30 de 1 de Janeiro no Casino de Vilamoura para interpretar Mozart, Strauss no Concerto de Ano Novo que será dirigido por Osvaldo Ferreira.

Na primeira parte do programa ouvir-se-á Mozart, e Ana Paula Russo interpretará também árias de Bach e Lehár.
Na segunda parte serão ouvidas composições de Strauss Jr., Brahms e John Barry, continuando a direcção da Orquestra do Algarve a pertencer ao maestro titular, Osvaldo Ferreira.
Ana Paulo Russo completou o Curso Superior de Canto do Conservatório Nacional, estudou em Salzburg e Luzern com Elisabeth Grümmer e H. Diez e trabalhou com Gino Becchi, C. Thiolass, Regine Resnick e Marimi del Pozo. Licenciou-se em Canto pela Escola Superior de Música de Lisboa.
Em 1988 obteve o 1º prémio de Canto no concurso da Juventude Musical Portuguesa e no Concurso Olga Violante; no mesmo ano, em Barcelona foi finalista no Concurso F. Viñas. Em 1990 foi laureada nos Concursos Internacionais de Oviedo e "Luisa Todi".
Gravou para a RTP vários programas da série "Tempos de Música", dedicada à música portuguesa ao longo dos tempos.
A sua carreira tem tido um destaque especial no âmbito da ópera e música cénica onde interpretou várias figuras femininas.
Em Abril de 98 integrou o elenco que fez a estreia mundial da ópera "Os Dias Levantados" de A. Pinho Vargas, gravada posteriormente em CD para a EMI.
Em 2004, no 10º aniversário da morte do compositor, interpretou o soprano solista do Requiem de Fernando Lopes-Graça, versão recentemente editada em CD (2006).
Em conjunto com o guitarrista Carlos Gutkin, lançou o CD "Melodia Sentimental", um percurso musical ibero-americano, que tem obtido grande exito em concertos em Portugal e Espanha.
Em 2008 integrou o elenco que fez a estreia mundial da ópera "Evil Machines" da autoria de Terry Jones (Monthy Python), com música de Luis Tinoco.

Em 2009 gravou um CD de árias de ópera cantadas por Luísa Todi e outro com a "Missa Grande " de Marcos Portugal.
É Professora de Canto na Escola de Música do Conservatório Nacional.

foto CMA



Maria de Carvalho

Metropolitana interpreta Strauss no Concerto de Ano Novo

Concertos

Metropolitana interpreta Strauss no Concerto de Ano Novo

A Orquestra Metropolitana de Lisboa vai estar no Centro Cultural de Belém, dia 1, pelas 17:00, na Culturgest, no dia 2 pelas 21:00, e no Teatro Municipal de Alamada no dia 3 pelas 21:30, para sob a batuta de Mark Laycock interpretar as mais conhecidas composições da família Strauss e a Dança das Horas de Almicare Ponchielli

"Strauss, Strauss e mais Strauss!... Existirá melhor maneira de brindar a chegada de 2011?
Afinal, foi esta célebre família de músicos que soube revelar nos mais selectos salões europeus um género musical que tanto se presta a ser dançado como a ser ouvido nas salas de concerto.
Polcas e valsas, peças e peças que ao longo dos séculos XIX e XX se foram tornando populares em todo o mundo e marcam tradicionalmente os concertos de Ano Novo."



Zita Ferreira Braga

Tejo será o palco da passagem de ano de Almada e Lisboa !

Turismo

Tejo será o palco da passagem de ano de Almada e Lisboa !

Maria Emília Sousa fez questão de lembrar que os dois concelhos são "irmãos" desde 1284, data em que foi estabelecido o preço a cobrar pela travessia do rio: um dinheiro por pessoa e seis por animais!
Em 2010/2011, com a modernidade em marcha os esforços traduzem-se num espectáculo de fogo de artifício, com a duração de quinze a dezasseis minutos e que será visto de ambas as margens, sem diferenças.
"Mas cada um paga o seu", fez questão de frisar a edil de Almada.
Lisboa gastará 121 mil euros com o fogo e 223 mil euros com o anunciado concerto musical dos Fúria do Açúcar e Xutos e Pontapés, no Terreiro do Paço Quanto a Alamda Maria Emília Sousa garantiu nunca ter gasto mais de 200 mil euros e que as 12 badaladas deste ano rondam os 130 mil euros.
Os dois autarcas contam com uma assistência de 100 mil pessoas e segundo António Costa até "São Pedro foi convidado".
"Teatro de Cor" é o espectáculo piro-musical programado cujos pontos de lançamento serão no rio, no "enfiamento da zona do palco em Almada" e nos "edifícios da Praça do Comércio para haver envolvência", explicou um João Ribeiro, da empresa responsavel pelo projecto.
Segundo João Ribeiro, o fogo, será "rigorosamente o mesmo e completamente sincronizado nas duas margens do rio", e será acompanhado por uma banda sonora "pop/rock".



Zita Ferreira Braga

Laginha leva Chopin ao jazz

Discos

Laginha leva Chopin ao jazz

O desafio foi feito ao pianista e compositor pelos directores artísticos da Orquestra Metropolitana de Lisboa, Cesário Costa, e do Teatro S. Luiz, Jorge Salavisa, no âmbito das celebrações, este ano, do 200.º aniversário de Frédéric Chopin.
"Deram-me carta branca e daí ter nascido a ideia de fazer em trio", disse Mário Laginha.
Chopin não era um estranho para Laginha que tinha tocado peças do compositor nos exames do Conservatório "e o tinha na memória", por na adolescência tanto ouvir o irmão a estudar Chopin.
Laginha trabalhou "com esta memória na cabeça" e fez os arranjos em um mês e uma semana.
O projeto inclui o noturno n.º1 (opus 15), fantasia (op.49), valsa n.º2 (op.34), noturno n.º1 (op.48), estudo n.º6 (op.10), scherzo n.º2 (op. 31), prelúdio n.º20 (op.28) e balada n.º1 (op.23).
O pianista salientou que a "matéria-prima para trabalhar é genial" e nesse sentido, sublinhou que "só havia que trazê-lo para o universo do jazz".
"Eu acho que a matéria-prima é inspiradíssima. Desde que se tenha cuidado de não se estragar e abrir portas, puxando-a para a área musical que queremos, é isso que temos de saber bem", acrescentou
"O desafio não me assustou, pois não tenho muito pudor em mexer nas coisas, deve é fazer-se com a maior honestidade e o melhor que se pode, e eu tinha de o puxar para o meu universo se não não faria muito sentido", disse.
Considerando "quão enorme e genial" é a obra de Chopin, Laginha sentiu a necessidade "de abordar vários tipos de composição de Chopin".
"Eu pensei que não me apetecia limitar a um estilo. Ele fazia uns cadernos, o das mazurcas, das valsas, das polacas; dos scherzos, dos noturnos, as baladas, os prelúdios e eu tinha, felizmente, uma quantidade razoável de partituras em casa".
Laginha referiu que a popularidade de que ainda hoje goza Chopin "leva por vezes a olhá-lo de uma forma redutora, quando toda a sua obra é genial. Tinha uma facilidade absoluta em fazer melodias e harmonias, vinham em jorro".
Do S. Luiz para o estúdio de gravação "houve apenas outro tipo de preocupação, sendo mais fácil em estúdio parar quando se queria, ou quando algo não estava tão bem".
O músico não conta voltar a Chopin ou aceitar um desafio idêntico para outros compositores, nomeadamente Franz Liszt, cujo 200.º aniversário se celebra no próximo ano.
"Mongrel - Chopin" é editado pela ONC – Produções Culturais, e com Mário Laginha (arranjos e piano) estão, tal como aconteceu no S. Luiz, Bernardo Moreira (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria), cujos "engenho e talento", foram sublinhados pelo pianista.
(ES)

As "Memórias" de Rómulo de Carvalho

Livros

As "Memórias" de Rómulo de Carvalho

"Gostaria imenso (adoraria, como se diz hoje) que algum dos meus trinta e dois tetravôs se tivesse lembrado de mim e se dispusesse a deixar-me um maço de folhas bolorentas e amareladas onde me descrevesse a sua vida", escreve o pedagogo na introdução à obra coordenada pelo seu filho Frederico Carvalho e editada pela Fundação Calouste Gulbenkian.
E acrescenta por que decidiu fazê-lo aos seus descendentes que ainda virão: "Estou pensando no gozo que poderei proporcionar-vos dando-vos notícias de mim e deste meu tempo tão distante do vosso".
Ao longo das 550 páginas do livro, o homem que começou a escrever poesia aos cinco e acabou a estudar Ciências e dedicou boa parte da vida a leccionar no ensino secundário, invoca o seu "gosto pelo saber", que lhe permitia conjugar os "interesses literários" com o "fascínio pelos rigores científicos".

O filho, Frederico Carvalho, 74 anos, considera que foi a "parte experimental" que fez pender a decisão para as ciências em detrimento das letras.
Muito metódico e arrumado, Rómulo de Carvalho, escreveu as "Memórias" de pé – "achava que [a posição] era mais saudável" do que sentado, segundo o filho – enquanto continuava a desempenhar várias outras actividades até de Muito metódico e arrumado, Rómulo de Carvalho, escreveu as "Memórias" de pé – "achava que [a posição] era mais saudável" do que sentado, segundo o filho – enquanto continuava a desempenhar várias outras actividades até de âmbito público, mesmo após os 80 anos.
"Não esteve em casa de pantufas a escrever", assegura Frederico Carvalho.
Sobre a obra, diz que é o auto-retrato de "um homem nas suas diferentes facetas", que "não esconde nada" do seu autor.
Apesar de ter começado cedo na poesia e publicado pela primeira vez aos 10 anos, haveria um longo interregno de quase 40 anos até que o seu talento poético fosse reconhecido publicamente, já com o pseudónimo de António Gedeão.
Pelo meio, muitos poemas terão sido destruídos, assegura o filho. Usava a poesia como um "bálsamo para o sofrimento interior", pelo que, quando ultrapassava os momentos maus" não se revia no que escrevera e rasgava as folhas.
Só depois dos 50 anos deu pela "importância" da sua escrita e da "utilidade que teria para os outros", um dos princípios pelos quais orientou a sua postura pessoal e profissional ao longo da vida, recorda o filho.
Poeta, historiador das ciências, pedagogo, apaixonado pela fotografia, produziu várias obras entre as quais "Física para o Povo" e "As origens de Portugal: história contada a uma criança". E terminou as memórias - tão organizadas que até o índice estava feito - com um simples "Adeus", deixando à mulher a única tarefa que não conseguiu concretizar: acrescentar a data da morte - "5.II.1997".
(ES)


SPA apresenta Estatuto de Autor e plano para 2011

Cultura Outros

SPA apresenta Estatuto de Autor e plano para 2011

"O Estatuto do Autor Português irá ser hoje dado a conhecer aos cooperadores e depois iremos levá-lo aos grupos parlamentares e ao Governo", disse José Jorge Letria.
"O Estatuto do Autor assenta em três premissas: protecção no plano da fiscalidade, maior protecção na segurança social e apoio aos autores em final de carreira criativa".
Relativamente às duas primeiras premissas, a SPA quer "uma maior atenção e incentivos aos autores em exclusivo", isto é, a quem apenas se dedique à criação, sem outras actividades.
A concretização de uma Casa do Autor, a exemplo da Casa do Artista está na mira da SPA, relativamente ao apoio à terceira idade.
Para o próximo ano a SPA irá constituir um grupo que incluirá juristas para estudar e elaborar uma proposta de alteração do Código do Direito de Autor "à luz da actual realidade, nomeadamente tendo em conta a revolução tecnológica", disse.
O plano para 2011 "mantém um investimento na área cultural e assistencial", mas "é um orçamento de austeridade e contenção, dadas as actuais circunstâncias".
O responsável afirmou à Lusa que a estimativa de orçamento ronda os 21 700 euros.
"A SPA não irá aumentar os salários dos funcionários, mas garante todos os postos de trabalho, não se prevendo despedimentos", disse.
"Os apoios de assistência aos trabalhadores serão incrementados", referiu.
"Também os subsídios de complementaridade de reforma e o de emergência não serão aumentados", apesar de Letria prever que "haverá uma subida de pessoas que recorrerão ao de emergência". Este subsídio é atribuído a autores e criadores em "estado de absoluta carência" e referiu que muitos autores têm visto penhorados os seus bens.
O presidente da SPA afirmou estar consciente de que face ao panorama de crise, esta "será mais sentida nas indústrias culturais".
"Em épocas de crise a cultura é a primeira vítima", rematou.
Na área cultural a SPA prevê realizar no Outono uma homenagem aos criadores da área do Fado, a exemplo da realizada, este ano, à música pop/rock.
Uma grande exposição sobre a escritora Matilde Rosa Araújo, no começo do verão, uma outra sobre o etnomusicólogo Michel Giacometti, em colaboração com a Câmara de Cascais, e ainda uma sobre a encenadora Luzia Maria Martins deverão acontecer na SPA no próximo ano.
Letria adiantou ainda que a cooperativa irá realizar uma exposição sobre o Movimento Poesia 61 e uma outra sobre os 50 anos do começo da guerra colonial "e o seu reflexo na expressão criativa".
A esta assembleia-geral seguiu outra, extraordinária, para votar a "proposta de alteração do regulamento de repartição de direitos e calendário anual de distribuição",
"Uma formalidade recorrente da obrigação legal de rever [este regulamento] de dois em dois anos", explicou José Jorge Letria.
(ES)

Melhor som e mais espaço para o novo Hot Club

Lazer Outros

Melhor som e mais espaço para o novo Hot Club

Um ano depois de ter ficado destruído num incêndio, o Hot Clube de Portugal renasceu hoje, algumas portas abaixo da casa original, na Praça da Alegria, mas no interior está tudo por fazer.
A reabertura dia 22 ao final da tarde foi simbólica, com a actuação de alunos da escola de jazz do Hot Clube e a presença de sócios e músicos, como Carlos Barretto, Filipe Melo, Bernardo Moreira e Sara Serpa.
O interior do espaço revela paredes e tetos danificados, sistema de iluminação degradado, mas a direcção do Hot só está agora à espera que a autarquia aprove os projectos de especialidade para remodelar o local.
O novo Hot Clube de Portugal terá mais espaço, melhor qualidade de som, mais casas de banho, um pátio arborizado e dois camarins, que não existiam na antiga cave do número 39 da Praça da Alegria.
No essencial, "vamos tentar criar o mesmo ambiente, a mesma vivência. Não é a intenção de copiar o que havia aqui ao lado, obviamente não pode ser a mesma coisa", disse Inês Homem Cunha, directora do clube de jazz.
Bernardo Moreira, antigo contrabaixista e ex-director do Hot Clube de Portugal, recordou à Lusa o "azar monumental" que foi a destruição da "catedral".
"Para uma pessoa como eu, que vive há 60 e tal anos a luta terrível de impor o jazz na sociedade portuguesa, tem um significado que não tem para a geração actual", disse Bernardo Moreira, elogiando ainda a rapidez da câmara municipal em encontrar uma solução para o clube de jazz e disponibilizar verbas para a remodelação.
Já o programador Rui Neves disse à Lusa que o Hot Clube de Portugal "é um centro nevrálgico do jazz em Lisboa", que "emana daqui para o país". "É um centro de formação de músicos e é um centro de formação de gosto", descreveu.
A 22 de Dezembro de 2009, o Hot Clube de Portugal, o mais antigo clube de jazz da Europa em actividade, ficou destruído num incêndio que deflagrou no edifício.
A longo prazo, a direcção do Hot Clube ambiciona fazer na Praça da Alegria a Casa do Jazz, reunindo o espólio de Luís Villas-Boas, o fundador do clube.
(ES)



Lisboa passa o ano no Terreiro do Paço

Turismo

Lisboa passa o ano no Terreiro do Paço

A Câmara Municipal de Lisboa, como já vem sendo hábito, organiza para a chegada de 2011, um espectáculo de passagem de ano, que terá lugar no "novo" Terreiro do Paço, de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro, com início pelas 22:00.
No dia 31 de Dezembro está convidado, para bem agasalhado porque o frio e a chuva continuam a ser companhia permanente, vir sozinho ou com quem quiser até ao Terreiro do Paço onde o espera um espectáculo especialmente organizado para si.
Os Xutos e Pontapés, donos de uma Medalha de Mérito Municipal, Grau de Ouro, que lhes foi atribuída pela Câmara Municipal de Lisboa, pelos seus 30 anos de carreira, vão ser as estrelas desta passagem de ano.

Considerada a maior banda de rock portuguesa contam com o carinho de várias gerações de portugueses, pois muitos cresceram ao som dos seus miores êxitos, e sempre que entram em palco proporcionam um espectáculo pleno de vitalidade, energia e muito rock.
"A Minha Casinha", "Homem do Leme", "Contentores", "Conta-me Histórias", "Ai Se Ele Cai" são algumas das mais conhecidas canções que percorrem uma carreira brilhante, e que por certo fazem parte do alinhamento deste espectáculo não esquecendo, no entanto, temas novos como: "Quem É Quem" e "Perfeito Vazio" que pertencem ao mais recente trabalho dos Xutos & Pontapés.
Mas não há passagem de ano sem fogo de artifício. Assim para assinalar a entrada do novo ano o céu de Lisboa vai iluminar-se com um fabuloso espectáculo de pirotecnia.

"Teatro de Cor" é o nome do piromusical concebido pelos designers do Grupo Luso Pirotecnia.

A cadência dos efeitos pirotécnicos descobrirá a beleza ribeirinha das duas cidades numa sequência alucinante de movimentos, luz e efeitos pirotécnicos num espectáculo inovador que em tudo aproveita os recursos naturais.
Mas a festa tem o seu começo pelas 22:00 com a entrada em palco da "A Fúria do Açucar contra ataca, com João Mello e a sua banda a garantirem um espectáculo onde a animação não vai faltar com "Eu gosto é do Verão" ou "Rei dos Matraquilhos", entre tantos outros sucessos.



Zita Ferreira Braga

Novo álbum dos REM na Primavera

Discos

Novo álbum dos REM na Primavera

Michael Stipe (voz), Peter Buck (guitarra) e Mike Mills (baixo) terminaram já as gravações do álbum, que se intitulará "Collapse Into Now".
Para este novo disco os REM contaram com a participação de Eddie Vedder, Patty Smith e Peaches e convidaram novamente o produtor Jacknife Lee (U2, Snow Patrol, The Hives, Editors, Bloc Party), que tinha trabalhado com a banda norte-amercana no disco anterior, "Accelarate".
"Collapse Into Now" foi gravado em New Orleans nos Music Shed Studios, em Nashville, no Blackbird Studio, e também em Berlim, nos Hansa Studios.
O alinhamento do disco inclui, entre outros, os temas "Discoverer All" que abre o CD, "The Best Uberlin", "Oh My Heart", "It Happened Today" e "Blue" que fecha.
(ES)

Rui Veloso termina 2010 no Casino Lisboa

Concertos

Rui Veloso termina 2010 no Casino Lisboa

Rui Veloso, comemorando os seus 30 anos de carreira, será a estrela do espectáculo de final de ano do Casino Lisboa.

Rui Veloso, vulgarmeente conhecido como o pai do Rock Português, é o autor de grandes êxitos como Chico Fininho, Porto Covo, Não Há Estrelas No Céu, A Paixão, músicas que marcaram várias gerações de portugueses e que voam no tempo sem limitar espaços.
Compositor, cantor e guitarrista, Rui Veloso, passados trinta anos, confirma-se que Ar de Rock, que há 30 anos perpassou nos céus de Portugal, foi bem mais do que a brisa duma noite de Verão.

Em 2010, Rui Veloso tem celebrado com o público português 30 anos de uma carreira ímpar.
Na noite de fim-de-ano, poderá assistir no Casino Lisboa àquele que será o último concerto destas comemoraçãoes.



Frederico Santos Silva

"Love is all you need" recebe 2011 no canal Hollywood

Televisão

"Love is all you need" recebe 2011 no canal Hollywood

Com o ciclo de cinema "Love is all you need", uma compilação de cinco filmes repletos de paixão, romantismo e sedução, o canal Hollywood propõe aos seus espectadores noites de romance e recordações.
Um programa para acompanhar todos as noites de sábado a partir de 1 de Janeiro, pelas 21:30.

"Um Marido Ideal", que inaugura este ciclo dia 1 de Janeiro, é uma adaptação cinematográfica da intrigrante peça escrita por Óscar Wilde e realizada por Oliver Parker que se aventura numa saborosa rede de intrigas com hilariantes críticas à sociedade londrina.
A decorrer no fim do século XIX, este filme, marcado por diálogos inteligentes e envolventes, destaca as actuações de Rupert Everett e Julianne Moore, nomeados para um Globo de Ouro.

No sábado seguinte, dia 8 de Janeiro, oiça "A Voz do Coração" e embarque na aventura de sobrevivência de Novalee Nation, uma adolescente que sai de casa determinada a ter uma vida melhor. Uma decisão que irá mudar a sua vida para sempre…

Julia Roberts, Billy Crystal e Catherine Zeta-Jones reúnem-se no filme que se segue, sábado dia 15 de Janeiro, para protagonizar "O Par do Ano", uma comédia de Joe Roths que levanta o véu sobre os bastidores de Hollywood de uma forma leve, curiosa e original.

Ninguém sabe mais sobre amor e romance que Mary Fiore. Afinal, ela é a mais prestigiada casamenteira de São Francisco.
Este é o argumento de "Resistir-lhe é impossível", um filme de Adam Shankman, com Jennifer Lopez e Matthew McConaughey nos principais papéis de uma comédia romântica que iráincendiar no dia 22 de Janeiro os corações mais desprevenidos.

Para encerrar este especial, no sábado 29 de Janeiro, o Canal Hollywood sugere "Sedutora Tentação", a estreia de Edward Norton na realização desta verdadeira cerimónia de emoções onde um padre e um rabino se vêm apaixonados pela mesma mulher.
No final, Ruth tem de decidir com qual deles quer ficar.(in nota à imprensa)



Francisco Pinto de Sousa