domingo, 11 de novembro de 2012

JORNADA CREPUSCULAR - POR: DR. MARIO MATTA E SILVA - Habitação degradada abre feridas sociais

 
JORNADA CREPUSCULAR - POR: DR. MARIO MATTA E SILVA - Habitação degradada abre feridas sociais
 
Ao prosseguir nesta jornada vou deparando, aqui e além, mas infelizmente por muitos locais dispersos pelo País fora, com bairros degradados, onde se acumulam, em desordem, casas frágeis, cobertas de zinco, com cartão e madeiras, onde entram as intempéries, se junta o lamaçal, e se amontoa o lixo, o sujo ou se dispõem aos focos mais evidentes de doenças de toda a ordem.
 
Sei bem que estes bairros não existem só em Portugal, mas por cá é que nos toca a nós todos, evidenciando uma sociedade de desigualdades extremas, de incúrias gritantes, no que respeita a uma habitação condigna que todos deveriam possuir. Quando os seus habitantes se envolvem em escaramuças, quando há desacatos, desmandos, violência, armas, droga, rusgas policiais, então lá vimos pelos ecrãs da televisão imagens de horror, evidenciando a desastrosa e pouco saudável forma de vida, em especial de habitabilidade. Uma verdadeira luta pela sobrevivência! Uma pobreza não só material mas de espírito.
 
As jornadas crepusculares que percorro, levam-me hoje a falar de bairros degradados ilegais, e por isso, constituídos por habitações não licenciadas, quase sempre construídas sem um mínimo de estudos, quer no que respeita ao ambiente quer de saúde, muitas das vezes sem rede de esgotos, sem água potável, sem eletricidade etc.
 
 
 
 
 


 
 

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