sábado, 10 de novembro de 2012

UMA ESCOLA PARA NEGROS

 
UMA ESCOLA PARA NEGROS
 
 
Nota de Daniel Teixeira
 
Vamos colocar em seguida o texto onde esta tema vem referido, com o título acima, e faremos algumas considerações antes e depois. Antes devo dizer que lamento muito que as pessoas que escrevem sobre estes temas sejam tão pouco cuidadosas na escolha das fontes de informação e que essas mesmas fontes de informação não sejam reconhecidas elas mesmas como sofrendo do mesmo mal que é a imprecisão, a falta de espírito de pesquisa e a ligeireza com que se abordam temas desta responsabilidade. De acrescentar que a autora deste texto cita uma autora que apresentou uma tese de mestrado com as imprecisões e em certo sentido com a ignorância que demonstra e que provavelmente hoje é Mestre algures no Brasil.
 
UMA ESCOLA PARA NEGROS
 
A única escola exclusiva para crianças pretas e pardas que existiu no Brasil funcionou na Rua da Alfândega, de 1853 a 1873, no Rio de Janeiro. Não há registos de outros colégios que privilegiaram o estudo dos negros no país. Diferentemente dos Estados Unidos, onde a população negra criou espaços próprios, aqui a exceção pode estar na escola de Pretextato dos Passos e Silva. Era em uma casinha pequena, teve cerca de 15 alunos de famílias de origem humilde: a maioria dos pais não tinha sobrenome ou assinatura própria. O nome dos alunos, até hoje, é um mistério, bem como o paradeiro deles.
 
Tudo o que se sabe da escola termina por aí. A historiadora Adriana Maria Paulo da Silva, que estudou a existência desse colégio, gostaria de ter a chance de conhecer mais sobre Pretextato, (1 - nota minha DT, ver abaixo quem, foi Pretextato, um etimólogo clássico) o que poderia responder a tantas indagações, mas até mesmo o nome deste homem é uma incógnita. «A origem da palavra Pretextato é de alguém que protesta. Ele poderia ter usado o nome com este objetivo», diz Adriana, que é professora do departamento de Métodos e Técnicas de Ensino da Universidade Federal de Pernambuco. Ela se deparou com a existência de Pretextato e de sua escola em documentos do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro durante sua dissertação de mestrado.
 
As três maneiras de descobrir coisas sobre os habitantes do tempo do Império são a partir de inventários da época, de documentos de alguém que abriu um processo judicial ou foi processado. Quem não passava por um desses trâmites desapareceu na história – é a explicação que se tem para o nome das crianças negras e pardas.
 
 
 
 
 

 

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