sábado, 10 de novembro de 2012

Sylvia Beirute - Gunnar Björling - Poemas, Poesia, Análise Crítica

 
Sylvia Beirute - Gunnar Björling - Poemas, Poesia, Análise Crítica
 
 Não podemos dar a verdade a quem quer decidir que aspecto é que ela deve ter.
 Gunnar Björling
 
 Transferir a vida, verificar as diferenças após a transferência, transmutação de um facto de uma realidade para outra realidade, sabendo que cada uma tem a sua obscuridade, o seu desígnio. Isto leva-me ao que tenho lido sobre o poeta Gunnar Björling (1887–1960, Helsínquia, Finlândia) e ao que ele próprio dizia sobre a sua poesia: uma poesia que não se incluía dentro das palavras que utilizava, usando um lado céptico na sua linguagem, como se fosse possível separar a linguagem do conteúdo.
 
Gunnar Björling foi, para muitos, o mais radical poeta da Finlândia e Suécia (era finlandês de expressão sueca), tendo-se dedicado a partir de certo tempo, e depois de ter sido professor (diz-se que as opiniões que nas suas aulas expressava eram menos convencionais, o que lhe traçou o destino), em exclusivo à poesia. Devido a este facto, viveu em condições miseráveis numa cave da cidade finlandesa de Helsínquia. Nesta cave recebia alguns jovens poetas, não só da Finlândia, mas de toda a Escandinávia, sendo na altura muito apreciado.
 
A sua poesia começou por ser de imagens abertas, mas cedo o poeta subverteu as regras (por vezes até da sintaxe) e essa poesia passou a conter-se dentro dos estritos limites da linguagem que criara. Mas essa linguagem, ao contrário do que se possa pensar, era, afinal, a linguagem pura do quotidiano, embora exposta de modo a criar outros sentidos, uma outra exposição do ser nas suas múltiplas manifestações, a que não é indiferente o facto de o poeta ser influenciado pelo dadaísmo.
 
 
 
 
 

 
 
 
 

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