sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Poesia de Sanio Aguiar Morgado - Restos; Página vazia; Versos inexistentes

 
Poesia de Sanio Aguiar Morgado - Restos; Página vazia; Versos inexistentes
 
 Restos
 
 Estes pedaços de poesias,
como restos de gavetas,
junto-as em estrofes
feitas sem alma, de proveta.
São amores sentidos,
aquelas saudades que tenho,
uma tarde húmida afastada e
que não tem neste caminho.
 
Página vazia
 
 Não há uma só
 página preenchida, no
 livro de nossas vidas,
 onde só o tempo marcou.
 Não houve grandes
 emoções entre nós,
 foram poucas alegrias
 e também pouca dor.
 
Versos inexistentes
 
 Versos que talvez inexistam
 e sequer alguém os tenham feito,
 imprevisíveis e mesmo imperfeitos,
 mas que sinto dentro do meu peito.
 Se estou certo de os escrever,
 outros também, estarão bem perto,
 pois todos andam a procurá-los
 no mesmo escuro deste deserto.
 
 
 
 

 

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