sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Depressão ou Ausência de Expressão? - Recolha e ordenação de Helena Emília

 
Depressão ou Ausência de Expressão? - Recolha e ordenação de Helena Emília
 
Um dos maiores males da humanidade, a partir da revolução industrial, é o aparecimento da depressão. Veio como consequência de um novo modelo de sociedade imposta a homens e mulheres que passaram de sujeitos e peças de linhas de montagem. De protagonistas de suas vidas a seres cabresteados.

Com essa perda de autonomia houve uma castração da dimensão criativa e criadora das pessoas. Deixaram de visualizar e conceber o todo de suas obras, passando a meros aparafusadores do pé de um lado da mesa. Não sabem mais como se faz toda a mesa...

Essa forma perversa de tratar os trabalhadores começou a fazer da compreensão de mundo que as pessoas passaram a ter. Consequentemente, mudaram as relações sociais e familiares. Essa redução do ser humano, determinada pelo capital, diminuiu também a qualidade e a essência das relações interpessoais.

A sociedade passou a experimentar um desconforto implícito, presente e escondido, que parecia não se saber como e de onde vinha. Só se sentia.

Alexandre Lorwen, médico terapeuta e autor do método terapêutico chamado bioenergética, diz que a falta de expressão (da auto-expressão) é uma da causas da depressão. Em seu livro Prazer: uma abordagem criativa da vida, Lowen fala do prazer, não no relacionamento à lascividade ou ao pecado, mas o prazer sinónimo de alegria e plenitude, a origem dos bons sentimentos e pensamentos. A ausência do prazer gera rancor, frustração e ódio, com a consequente perda do potencial criativo e a autodestruição.

O processo criativo está diretamente relacionado ao prazer e à alegria. A pessoa viva é sensível e criativa. Tem um brilho nos olhos, vitalidade na expressão facial, seus movimentos são leves e fluem. A depressão é o contrario de tudo isso! A mobilidade e a espontaneidade são menores nos estados depressivos.
 
 
 

 
 

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