sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Poesia de Maria da Fonseca - O Piar do Pardalinho; Meu Outono Disfarçado; Incertezas

 
Poesia de Maria da Fonseca - O Piar do Pardalinho; Meu Outono Disfarçado; Incertezas 
 
 
O Piar do Pardalinho
 
 A esta hora da tarde,
 Como pias pardalinho!
 Bem te vi hoje brincar
 Na água do regatinho.
 
Já voas todo ligeiro,
 E somes entre a folhagem
 Da árvore mais copada,
 Desta tão linda paisagem.
 
Meu Outono Disfarçado
 
 Meu outono disfarçado!
 Rosas, arbustos, pardais
 E campainhas azuis
 Enfeitam nossos quintais.
 
Bela a luz que o Sol nos dá
 Tudo é cor, quanta beleza!
 O verde orla meu caminho.
 Adoro a mãe Natureza!
 
Incertezas
 
 Difícil é versejar
 Co'os nervos à flor da pele!
 Nasce a ideia devagar
 Mas meu coração repele.
 
Ele sofre e se angustia,
 Perturba a inspiração.
 Meu verso perde a magia
 Pra louvar a Criação.
 
 Incerteza e sofrimento,
 Pobreza e desemprego.
 A crise gera tormento,
 Como posso ter sossego?!
 
 
 

 

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