sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Lendas e Mitos de Portugal - Viriato, um chefe invencível

 
Lendas e Mitos de Portugal - Viriato, um chefe invencível
 
Nota: Há muitas imprecisões não esclarecidas sobre Viriato e sobre a sua naturalidade, profissão (pobre pastor na actual Serra da Estrela?) e a Cava de Viriato acima na foto, com obra de estatuária de 1940 executada por um escultor espanhol Mariano Benlliure apresenta novas e bastantes incongruências: a Cava de Viriato (uma fortificação romana) tem construção posterior ao falecimento de Viriato e situa-se muito longe dos locais atribuídos à vida e luta de Viriato (Montes Hermínios - actual Serra da Estrela).
 
Por outro lado sobre Mariano Benlliure, na sua biografia, não existe referência a esta obra, embora não se duvide da sua autoria, sendo em certo sentido na história biográfica deste escultor uma obra ofuscada por outros seus trabalhos nomeadamente em Espanha e realça-se ainda como sua «marca» referencial a sua forma de esculpir touros.
 
Esta obra foi inaugurada em 1940, altura da Exposição do Mundo Português, em Lisboa. Porque as dúvidas sobre fidelidade histórica são muitas resolvemos trazer um texto de duas autoras credíveis Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada que a apresentam contudo com o título «Portugal - História e Lendas».
 
Lendas e Mitos de Portugal - Viriato, um chefe invencível
 
Ninguém sabe ao certo quando nasceu Viriato nem a que família pertencia. Segundo a tradição, durante a juventude terá sido pastor nos Montes Hermlnios, que hoje se chamam Serra da Estrela (1).
 
 Há quem diga que Viriato participou desde muito novo em assaltos - relâmpago às povoações dominadas por romanos. E que já então se distinguia pela agilidade, pela força e pela inteligência guerreira.
 
 No entanto, foi um dos homens que acreditaram nas promessas de Galba e desceram à planície na intenção de se instalar e viver em paz numa terra fértil. Assistiu ao ataque traiçoeiro; não pôde lutar porque não tinha armas, mas conseguiu fugir.
 
 Depois do massacre, todos os lusitanos sobreviventes regressaram aos seus castros nas montanhas. A pouco e pouco reorganizaram-se, fabricaram armas e prepararam o contra-ataque.
No ano 147 a.C. dez mil lusitanos em fúria avançaram para sul e dirigiram-se a uma zona dominada pelos Romanos.
 
Queriam saquear as povoações e vingar a morte dos companheiros, mas quando menos esperavam perceberam que estavam cercados à distância por um anel de soldados inimigos. Que fazer?
 Os chefes, para evitarem nova carnificina, propuseram-se ir negociar a rendição. Viriato opôs-se com veemência. Erguendo a voz, lembrou:
- Os Romanos não respeitam promessas. Enganaram-me uma vez, não me tornam a enganar. Comigo não contem para negociações. Prefiro lutar ou morrer.
 
 
 

 
 

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