sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A Vida na Floresta Amazónica e suas Lendas - O MITO DO BOTO

 
A Vida na Floresta Amazónica e suas Lendas - O MITO DO BOTO
 
Este mito tem a sua origem no boto-cor-de-rosa, um mamífero muito semelhante ao golfinho, que habita a bacia do rio Amazonas, e também pode ser encontrado em países, tais como: Bolívia, Colômbia e Venezuela. As diferenças básicas são as seguintes: o golfinho vive no mar, e o boto vive em água doce, o golfinho tem cor acinzentada e o boto pode ser acinzentado, preto ou possuir cor avermelhada.
 
A inexistência no Brasil de dados mais concretos até o século XVIII, faz supor que o mito seja de origem branca e mestiça, com projecções nas culturas indígenas e ribeirinhas.
 
A lenda do Boto é no mínimo interessante. Ela está ligada aos ribeirinhos, às festas juninas, quando são comemorados os aniversários de São João, Santo António e São Pedro, a população ribeirinha da região amazónica celebra estas festas dançando quadrilha, soltando fogos de artifício, fazendo fogueiras e degustando alimentos típicos da região.
 
Para essas festividades as moças colocam os seus trajes mais bonitos, se enfeitam e aproveitam para namorar enquanto os seus pais conversam distraídos e alheios a tudo.
 
Reza a lenda, que nessas noites, geralmente de luar o boto-cor-de-rosa sai do rio transformando-se num jovem elegante e belo, beberrão e bom dançarino, muito bem vestido trajando roupas, chapéu e calçados brancos.
 
O chapéu é utilizado para ocultar (já que a transformação não é completa) um grande orifício no alto da cabeça, feito para o boto respirar. E é graças a este facto que, durante as festividades de junho, quando aparece um rapaz usando chapéu, as pessoas lhe pedem para que ele o retire no intuito de se certificarem de que não é o Boto que ali está.
 
 
 
 
 

 

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