Poesia de Odete Nazário - Poemas: ...de sonhos cobertos; Em Azul..; Sonho meu...
...de sonhos cobertos
Fiquei assim
no passo suspenso
das horas sem mim
ouvindo distante
murmurar o vento
no som ondulante
dos canaviais
e em cada momento
diz-me o mar imenso
que não voltas mais.
...a seiva que corre
da aorta aos dedos
é tempo que escorre
por dentro dos medos
temor que não morre
crispado em rochedos.
no passo suspenso
das horas sem mim
ouvindo distante
murmurar o vento
no som ondulante
dos canaviais
e em cada momento
diz-me o mar imenso
que não voltas mais.
...a seiva que corre
da aorta aos dedos
é tempo que escorre
por dentro dos medos
temor que não morre
crispado em rochedos.
Em Azul…
Azul é o poema que te faço
neste azul de silêncio que me abraça
recolho a luz azul que vem do espaço
e em azul eu repouso a minha taça.
...pedi o azul profundo ao mar imenso
e um pouco mais de azul pedi ao céu
flutuam nesse azul nuvens de incenso
e até a Lua Azul hoje apareceu.
neste azul de silêncio que me abraça
recolho a luz azul que vem do espaço
e em azul eu repouso a minha taça.
...pedi o azul profundo ao mar imenso
e um pouco mais de azul pedi ao céu
flutuam nesse azul nuvens de incenso
e até a Lua Azul hoje apareceu.
Sonho meu...
Sonho meu, sonhado á pressa
nas horas a deslizar...
hoje a lua não me interessa.
nem sequer o seu luar.
vai o verso acontecer
e o poema terminar?
jogo os búzios a saber
se a sorte vai regressar.
vou seguindo em contramão
num caminhar impreciso
vai ficando pelo chão
um pouco do meu sorriso.
são de pedra estes mares
onde mergulham os dedos
são as nuvens glaciares
semeadas de rochedos.
nas horas a deslizar...
hoje a lua não me interessa.
nem sequer o seu luar.
vai o verso acontecer
e o poema terminar?
jogo os búzios a saber
se a sorte vai regressar.
vou seguindo em contramão
num caminhar impreciso
vai ficando pelo chão
um pouco do meu sorriso.
são de pedra estes mares
onde mergulham os dedos
são as nuvens glaciares
semeadas de rochedos.
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