sábado, 4 de maio de 2013

Faro - A cidade onde estudei e obtive o Grau Académico de Professor do Ensino Primário - Por João Manuel Brito Sousa

 
Faro - A cidade onde estudei e obtive o Grau Académico de Professor do Ensino Primário - Por João Manuel Brito Sousa
 
Saindo do Largo da Palmeira ....em breve estamos no Café Cabrita.
 Aos domingos eu ia com o meu amigo Rosendo lá do Patacão ao cinema da Rua de Santo António. O Rosendo e eu gostávamos de cowboiadas e de filmes bíblicos, tipo Sanção e Dalila com o Victor Mature e a Gina Lollobrigida.
 
O nosso programam era : deixávamos as bicicletas a pedal em frente ao restaurante «A NORTENHA» e íamos tomar café ao Café Cabrita, ali ao lado da Tabacaria Dinarte. Passávamos a Farmácia que ficava à esquina do largo, depois havia uma rua estreita que ia dar ao Dias dos caixões, rua onde os montanheiros deixavam também as bicicletas em que se faziam transportar e depois, passávamos ao lado da barbearia Teodoro, seguia-se a loja Tabú, cujo proprietário era um senhor de baixa estatura mas muito forte e depois vinha o café Cabrita onde tomávamos a bica.
 
O café Cabrita era frequentado pela malta do campo. Da cidade, quem lá ia muito eram os taxistas, o Aurélio, o João Coelho, o Ildefonso Rodrigues, o Napoleão, o Caracol entre outros. Falava-se do Farense, que nesse tempo militava na segunda divisão da zona sul. Recorde-se que nos tempos em que foi treinado pelo Artur Quaresma, o Farense ainda fez dois ou três anos seguidos o primeiro lugar da zona.
 
Creio que alinhava com Isaurindo, Reina, Ventura, Zé Maria e Celestino. Francelino e Bentinho. Brito, Balela, Campos, Rialito e Queimado. Foi nessa altura que se começou a falar num grande jogador júnior do Sporting, que começava a fazer furor, o angolano Jorge Mendonça, uma fera na área.
 
Lá íamos ao cinema no regresso íamos jogar «minhar», como dizia o meu amigo que queria dizer bilhar, ao salão olímpico na Rua dos Cavalos, onde ficava a Husqwarna, uma marca de máquinas de costura e ficava também a Tipografia de um jornal e a loja onde trabalhava o Xico Pires, um sportinguista inveterado que sabia tudo de bola e ninguém lhe dava a volta.
 
 
 
 

 

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