Jornal Raizonline nº 224 de 27 de Maio de 2013 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - As minhas memórias mais próximas (XLV)- Não tenho nada para dizer
Cheguei a este ponto de não ter nada para dizer não porque já tenha dito tudo mas porque me sinto cada vez mais vocacionado para ouvir e falar do silêncio e dos silêncios e das palavras não ditas mais do que das ditas.
Cada palavra, cada frase, cada conjunto de palavras traz consigo todo um conjunto de silêncios ou de interpretações que por vezes sinto ser quase criminoso estar a retirar ao potencial leitor a oportunidade de os preencher (os silêncios e as interpretações) a seu gosto ou apetência.
No direito diz-se que quanto mais se escreve mais se restringe e é nesta perspectiva que opto por um oportuno silêncio, conforme dei a entender atrás. As vocações, as vontades, libertadas do espartilho das palavras que explicam as coisas tim tim por tim é uma coisa que pode ser maravilhosa porque essas mesmas palavras explicativas por vezes acabam por direccionar a vontade interpretativa do sujeito para campos bem específicos e mesmo convenientes.
Não é por acaso que se segue, em muita comunicação social, o sistema da ocultação pela amostragem alternativa, ou seja, para se esconder uma dada coisa ou para a não envolver na ambiência geral dos entendimentos, fala-se de outras susceptíveis de ganharem uma maior amplitude nos contextos e eclipsarem aquilo que poderia ser mais importante.
Hoje, por exemplo, tenho um exemplo fresco, (e que se me perdoe a redundância)corriqueiro mesmo: o Benfica, equipa de proa em Portugal não ganhou uma Taça e acabou por ver invertido o resultado (1-0) com que percorreu uma parte substancial do jogo.
Deixou entrar dois golos em seguida e, logo, perdeu por 2-1. Pois... um dos jogadores do Benfica terá, alegadamente «perdido a cabeça», terá dado um encontrão no treinador (do Benfica) e terá dito alto e com bom som: «a culpa é tua»!
Cheguei a este ponto de não ter nada para dizer não porque já tenha dito tudo mas porque me sinto cada vez mais vocacionado para ouvir e falar do silêncio e dos silêncios e das palavras não ditas mais do que das ditas.
Cada palavra, cada frase, cada conjunto de palavras traz consigo todo um conjunto de silêncios ou de interpretações que por vezes sinto ser quase criminoso estar a retirar ao potencial leitor a oportunidade de os preencher (os silêncios e as interpretações) a seu gosto ou apetência.
No direito diz-se que quanto mais se escreve mais se restringe e é nesta perspectiva que opto por um oportuno silêncio, conforme dei a entender atrás. As vocações, as vontades, libertadas do espartilho das palavras que explicam as coisas tim tim por tim é uma coisa que pode ser maravilhosa porque essas mesmas palavras explicativas por vezes acabam por direccionar a vontade interpretativa do sujeito para campos bem específicos e mesmo convenientes.
Não é por acaso que se segue, em muita comunicação social, o sistema da ocultação pela amostragem alternativa, ou seja, para se esconder uma dada coisa ou para a não envolver na ambiência geral dos entendimentos, fala-se de outras susceptíveis de ganharem uma maior amplitude nos contextos e eclipsarem aquilo que poderia ser mais importante.
Hoje, por exemplo, tenho um exemplo fresco, (e que se me perdoe a redundância)corriqueiro mesmo: o Benfica, equipa de proa em Portugal não ganhou uma Taça e acabou por ver invertido o resultado (1-0) com que percorreu uma parte substancial do jogo.
Deixou entrar dois golos em seguida e, logo, perdeu por 2-1. Pois... um dos jogadores do Benfica terá, alegadamente «perdido a cabeça», terá dado um encontrão no treinador (do Benfica) e terá dito alto e com bom som: «a culpa é tua»!
Leia este tema completo a partir de 27 de Maio carregando aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário