O Teatro desmontável Rafael de Oliveira - Texto de Lina Vedes
Todos os indivíduos que actualmente têm mais de 55 anos se lembram, de certeza, do que aprenderam na Escola Primária Elementar, durante quatro anos, da 1ª à 4ª classe.
Exercitava-se a memória, mecanizava-se à resolução de problemas e interiorizavam-se, profundamente, regras comportamentais sem o porquê de coisa nenhuma.
A matéria de qualquer área era dada em teoria, sem interdisciplinaridade, sem a possibilidade de associação de dados que facilitassem o entendimento.
Como grande percentagem de alunos não ia além dos exames da 3ª e 4ª classe, o programa adensava, na procura de transmitir o máximo de conhecimentos.
Não se podia «perder tempo» com explicações entendíveis, por isso os professores apresentavam a matéria como definitiva, sem hipótese de encontrar soluções diferentes.
O aluno memorizava, papagueava quando solicitado, sem oportunidade para contrariar as teorias apresentadas.
Exercitava-se a memória, mecanizava-se à resolução de problemas e interiorizavam-se, profundamente, regras comportamentais sem o porquê de coisa nenhuma.
A matéria de qualquer área era dada em teoria, sem interdisciplinaridade, sem a possibilidade de associação de dados que facilitassem o entendimento.
Como grande percentagem de alunos não ia além dos exames da 3ª e 4ª classe, o programa adensava, na procura de transmitir o máximo de conhecimentos.
Não se podia «perder tempo» com explicações entendíveis, por isso os professores apresentavam a matéria como definitiva, sem hipótese de encontrar soluções diferentes.
O aluno memorizava, papagueava quando solicitado, sem oportunidade para contrariar as teorias apresentadas.
As aulas decorriam, normalmente, de manhã para os rapazes e de tarde para raparigas, não havendo tempo/horário para teatro, música, dança, poesia, educação física, ou qualquer actividade considerada supérflua ou sem préstimo.
Havia desenho à vista. Punham na frente dos alunos uma panela, uma bilha, um pote de barro para ser desenhado e sombreado. Nada mais limitativo, assim como o escrever em cadernos de duas linhas que arredondava e uniformizava a letra (anos 40).
Os textos do livro «Finalmente» eram terrivelmente difíceis e pouco atractivos para gente de nove anos de idade. O livro de leitura de Pires de Lima, mais acessível, tinha em cada texto uma mensagem comportamental realçada com insistência.
Havia desenho à vista. Punham na frente dos alunos uma panela, uma bilha, um pote de barro para ser desenhado e sombreado. Nada mais limitativo, assim como o escrever em cadernos de duas linhas que arredondava e uniformizava a letra (anos 40).
Os textos do livro «Finalmente» eram terrivelmente difíceis e pouco atractivos para gente de nove anos de idade. O livro de leitura de Pires de Lima, mais acessível, tinha em cada texto uma mensagem comportamental realçada com insistência.
Poesias... eram lidas de corrida...
Para melhorar o Português, além da leitura, havia os ditados bastante extensos com direito a reguadas por erros ortográficos cometidos, as redacções com tema dado, quase uniformizadas, e gramática sem aplicação.
Leia este tema completo a partir de 20 de Maio carregando aqui.Para melhorar o Português, além da leitura, havia os ditados bastante extensos com direito a reguadas por erros ortográficos cometidos, as redacções com tema dado, quase uniformizadas, e gramática sem aplicação.
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