sábado, 4 de maio de 2013

Poemas de José Manuel Veríssimo - NINHOS E DESEJOS; INFINITIVOS

 
Poemas de José Manuel Veríssimo - NINHOS E DESEJOS; INFINITIVOS
 
NINHOS E DESEJOS

Caíram ninhos
 Porque não eram ninhos
 Apenas um monte de ervas
 Sem carinho

As sementes não germinaram
 Porque não saciamos a terra

Um dia…………………..
 Em simultâneo
 - Fartos de solidão –
 Encontramo-nos em margens opostas do Tejo
 
INFINITIVOS

Querer
 Estar vivo
 Igual a:
 Mexer
 Pensar
 Por si próprio
 Reconhecer
 Se
 Cansado.
 Parar
 Cair
 Levantar
 Se
 Balançar
 Para lá de Si
 E dos Ses
 Para além das toadas
 Recusar
 O «tens de funcionar»
 Resistir
 Mesmo quando
 Negar
 E afirmar que se recusa
 
 
 
 

 
 

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