Poesia de Carlos Fragata - CORPO DE ALUGUER; CONTRA O TEMPO; TALVEZ...
CORPO DE ALUGUER
Olhas os homens sem fé,
Não te aquece o coração...
Cada homem, mais não é
Que a dor do teu ganha pão.
Não te aquece o coração...
Cada homem, mais não é
Que a dor do teu ganha pão.
Sabes bem que o seu sorriso
é ensaiado, sem cor,
Sorri-te quando é preciso
Que lhe vendas teu amor.
é ensaiado, sem cor,
Sorri-te quando é preciso
Que lhe vendas teu amor.
CONTRA O TEMPO
O martelar das horas me atordoa,
Sinto cada segundo como um tiro...
Gasto mal os minutos, não retiro
De tanto tempo gasto, coisa boa.
Sinto cada segundo como um tiro...
Gasto mal os minutos, não retiro
De tanto tempo gasto, coisa boa.
Cada dia, p’ra mim é um suspiro
E chego à conclusão que o tempo voa,
Que não gozo esta vida que se escoa
E não pertenço ao mundo onde me inspiro.
E chego à conclusão que o tempo voa,
Que não gozo esta vida que se escoa
E não pertenço ao mundo onde me inspiro.
TALVEZ...
Talvez este País ainda possa
Levantar a cabeça dignamente,
Talvez a Liberdade seja nossa,
Talvez a queira usar a nossa gente...
Levantar a cabeça dignamente,
Talvez a Liberdade seja nossa,
Talvez a queira usar a nossa gente...
Talvez tanta pobreza, humilhação,
Dêem um novo alento a quem não tem...
Talvez, a bem ou mal, esta Nação
Não aceite mais roubos de ninguém!
Dêem um novo alento a quem não tem...
Talvez, a bem ou mal, esta Nação
Não aceite mais roubos de ninguém!
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