domingo, 12 de maio de 2013

Poesia de Carlos Fragata - CORPO DE ALUGUER; CONTRA O TEMPO; TALVEZ...

 
Poesia de Carlos Fragata - CORPO DE ALUGUER; CONTRA O TEMPO; TALVEZ...
 
 CORPO DE ALUGUER
 
 Olhas os homens sem fé,
 Não te aquece o coração...
 Cada homem, mais não é
 Que a dor do teu ganha pão.
 
Sabes bem que o seu sorriso
 é ensaiado, sem cor,
 Sorri-te quando é preciso
 Que lhe vendas teu amor.
 
CONTRA O TEMPO
 
 O martelar das horas me atordoa,
 Sinto cada segundo como um tiro...
 Gasto mal os minutos, não retiro
 De tanto tempo gasto, coisa boa.
 
Cada dia, p’ra mim é um suspiro
 E chego à conclusão que o tempo voa,
 Que não gozo esta vida que se escoa
 E não pertenço ao mundo onde me inspiro.
 
TALVEZ...
 
 Talvez este País ainda possa
 Levantar a cabeça dignamente,
 Talvez a Liberdade seja nossa,
 Talvez a queira usar a nossa gente...
 
Talvez tanta pobreza, humilhação,
 Dêem um novo alento a quem não tem...
 Talvez, a bem ou mal, esta Nação
 Não aceite mais roubos de ninguém!
 
 
 
 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário