sábado, 4 de maio de 2013

A Lenda do Lírio-do-Vale - Texto de Dulce Rodrigues

 
A Lenda do Lírio-do-Vale - Texto de Dulce Rodrigues 
 
Neste primeiro de Maio, daqui de Genebra onde me encontro para o Salão do Livro, envio-vos esta lenda.
Dos meses de Primavera, Maio é sem dúvida um dos mais propícios ao desabrochar das flores.
 
Por tradição, no primeiro de Maio oferece-se um ramo de lírio-do-vale para dar sorte, pois esta flor floresce normalmente por volta dessa data; mas parece que só os raminhos de lírio-do-vale que tenham naturalmente treze flores é que dão realmente sorte...
 
O nome científico do lírio-do-vale «maialis ou majalis» significa «o que pertence a Maia». Com efeito, segundo os antigos livros de astrologia grega ou romana, esta flor tinha a protecção de Hermes (para os Gregos) ou Mercúrio (para os Romanos), o filho da deusa Maia.
 
O lírio-do-vale é a flor da felicidade. Conta a lenda que uma flor de lírio-do-vale um dia se tomou de amores por um rouxinol que vinha todos os dias ao vale e, poisado no ramo de uma árvore, alegrava tudo em redor com o seu canto maravilhoso.
 
Como a flor do lírio-do-vale era muito tímida, escondia-se por entre as ervas para o ouvir cantar. Mas, um dia, o rouxinol deixou de aparecer. O lírio-do-vale esperou-o dia após dia, em vão. Cheio de tristeza, o lírio-do-vale deixou então de florir; e só voltou a dar flores em Maio, quando o seu amigo rouxinol regressou ao vale, o que encheu de felicidade o lírio-do-vale que, na linguagem das flores, assim se tornou a flor da felicidade.
 
 
 
 

 
 

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