Poesia de Albertino Galvão - Rotinices...; O homem da estrada...
Rotinices...
Quando a noite desfalece e a manhã
veste o fato rotineiro doutro dia
destapamos os perfumes com afã
e aquecemos com café a utopia
Abraçamos as estradas costumeiras
circundamos as rotundas insolentes
e ao subir-mos as escadas int’resseiras
inventamos cumprimentos entre dentes
Ajeitamos a gravata decretada
aspiramos doutras bocas fumos loucos
e entramos , quais novilhos, na tourada
cornos baixos, meios cegos, meios moucos
veste o fato rotineiro doutro dia
destapamos os perfumes com afã
e aquecemos com café a utopia
Abraçamos as estradas costumeiras
circundamos as rotundas insolentes
e ao subir-mos as escadas int’resseiras
inventamos cumprimentos entre dentes
Ajeitamos a gravata decretada
aspiramos doutras bocas fumos loucos
e entramos , quais novilhos, na tourada
cornos baixos, meios cegos, meios moucos
O homem da estrada...
Com o olhar toldado por névoas estranhas
o horizonte seco de sonhos perfeitos,
a fome mordendo, à força, as entranhas
e a boca torcida deserta de beijos...
o homem subiu a íngreme estrada!
Com o rosto gretado por falsos desejos
os braços caídos, o corpo mirrado,
a roupa rasgada, sapatos desfeitos,
as pernas tremendo pisando o destino
e o traço contínuo que a vida traçou
nas curvas da estrada da sua existência...
o homem olhou, parou, e voltou!
Com passos incertos, o homem mudou
o rumo da fé, da esperança, dos credos...
e sorvendo do vento o sabor da geada,
gemendo palavras da boca babada...
cheirando da noite segredos e medos
que iam e vinham com as pedras do chão
lançadas pelas garras da sua demência
às ondas de choque da sua ilusão...
o horizonte seco de sonhos perfeitos,
a fome mordendo, à força, as entranhas
e a boca torcida deserta de beijos...
o homem subiu a íngreme estrada!
Com o rosto gretado por falsos desejos
os braços caídos, o corpo mirrado,
a roupa rasgada, sapatos desfeitos,
as pernas tremendo pisando o destino
e o traço contínuo que a vida traçou
nas curvas da estrada da sua existência...
o homem olhou, parou, e voltou!
Com passos incertos, o homem mudou
o rumo da fé, da esperança, dos credos...
e sorvendo do vento o sabor da geada,
gemendo palavras da boca babada...
cheirando da noite segredos e medos
que iam e vinham com as pedras do chão
lançadas pelas garras da sua demência
às ondas de choque da sua ilusão...
Sem comentários:
Enviar um comentário