Manhecença Caipira no meu Paraíso - Poema de Antônio Carlos Affonso dos Santos - ACAS
O dia nasce ao cantar do galo
Dos sabiás e pintassilgos,
Na amoreira rente ao quarto dos meninos
Do mugido das vacas com seus bezerros,
Livres do curral e da ordenha
E o cocheiro chega a casa
Com dois baldes de leite; espumante
Muuuuuuuuuuuuuuuhhhh, reclama
O bezerrinho, ansioso pelo leite escondido da mãe... .
Lá no alto do morro
Do angical enfeitado, veem-se as flores
Do ipê amarelo, repleto de aves
Que Anuncia o tempo de plantar
Lá no brejo a saracura pia
Chamando filhotes...
Na cerca da casa, o cipó de São João, florido
Onde os coitelo vem buscar o mel
Que divide com a jataí
E um bando de quero-quero fazem a fuzarca
Dirigindo a orquestra da Natureza, que acorda bemol
Um bando de urubus fazem círculos no trecho do eito de arroz...
E os fogo-apagou, fazem vôos rasantes
Com as rolinhas e tico-ticos
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