sexta-feira, 24 de maio de 2013

Histórias da Minha Terra - Por Arlete Piedade - O túmulo de Cabral


Histórias da Minha Terra - Por Arlete Piedade - O túmulo de Cabral  
 
Durante este mês voltei a passar com frequência junto á casa onde viveu Pedro Alvares Cabral, que agora é a Casa do Brasil, bem como da Igreja da Graça, onde se encontra o seu túmulo. Ando a frequentar uma formação em primeiros socorros, numa escola que funciona num edifício antigo ao lado da igreja e do mesmo período.
 
No intervalo pela janela do átrio no primeiro andar, vejo a estátua de Cabral, no largo fronteiro e parece tão perto que quase lhe posso apertar a mão. Lembrei-me assim deste texto que escrevi há alguns anos e que transcrevo abaixo, em especial em intenção de um nos nossos mais recentes colaboradores brasileiros, que ao ver uma reportagem na televisão sobre a minha cidade, me escreveu um e-mail dizendo as suas (boas) impressões sobre a região.  
 
Então aqui vai:   O Descobridor Injustiçado
 
Sempre que passo junto àquela casa reconstruída e onde funciona um centro cultural de exposições permanentes, chão de duas pátrias como é denominada pelas autoridades da cidade, ou seja a Casa do Brasil, relembro mais intensamente a figura histórica, querida em duas nações, que a habitou há 500 anos atrás.
 
Seu nome, Pedro Alvares Cabral, o mesmo que ficou para a História como o Descobridor oficial dessa pátria irmã, do seu nome Brasil, a terra de Vera Cruz.   Corria o ano de 1500 quando El-Rei D. Manuel I lhe entregou o comando de uma grande armada, que devia seguir a caminho da India com o objectivo de comerciar e fazer a paz com reis dessas terras longínquas que haviam hostilizado Vasco da Gama e seus comandantes aquando da primeira missão oficial dos portugueses por essas rotas das especiarias e de outras riquezas cobiçadas pelos reinos europeus.
 
No entanto segundo consta, El-Rei teria também outorgado outra missão, esta mais secreta ao grande comandante, que seria chegar a uma terra a ocidente, de que o rei já teria conhecimento por meios não oficiais, e tomar posse dela para a Coroa Portuguesa. Assim fazendo um desvio inesperado na rota, chegou a armada na semana da Páscoa á vista de uma terra em que se destacava um alto monte arredondado, pelo que foi chamado Monte Pascoal.





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