domingo, 19 de maio de 2013

Lenda do Alfageme de Santarém e do Santo Condestável - Por Arlete Piedade

 
Lenda do Alfageme de Santarém e do Santo Condestável - Por Arlete Piedade
 
Esta lenda é referida inicialmente pelo grande cronista do reino de Portugal, Fernão Lopes, que escreveu as crónicas sobre os reinados dos primeiros reis de Portugal, na sua crónica do Condestável.
 
Diz ele que Fernão Vaz, era o mais reputado alfageme da região se Santarém, naqueles tempos da crise dinástica que ocorreu entre 1383-1385, quando esteve iminente a nomeação de um rei espanhol para suceder a D. Fernando I, o que era contra a vontade do povo, que preferia ver um príncipe português ocupar o trono, para Portugal manter a sua independência.
 
Esse príncipe era D. João, filho natural de D. Pedro I, cujo companheiro de brincadeiras e estudos era D. Nuno, também ele filho natural de D. Alvaro Gonçalves Pereira (Prior da Ordem de S. João do Hospital) que com a idade de 13 anos tinha entrado no Paço Real, onde foi armado cavaleiro e escolhido para escudeiro da rainha D. Leonor Teles.
 
D. Nuno Alvares Pereira, tornou-se no braço direito, conselheiro e companheiro de D. João I, que o nomeou Condestável do Reino, o que hoje podia equivaler a Chefe do Estado Maior e juntos travaram diversas batalhas, a mais célebre das quais e decisiva para a causa portuguesa, foi a Batalha de Aljubarrota, que foi vencida graças á estratégia do Condestável.

Numa das suas passagens por Santarém, vindo das batalhas, e porque necessitava de corrigir a sua espada gasta nos combates, D. Nuno procurou o celebre Alfageme de Santarém, Fernão Vaz, para lhe reparar a espada. Mas este estava já a fechar o seu estabelecimento e ficou um pouco aborrecido por mais aquele trabalho.
 
 
 
 
 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário