domingo, 5 de maio de 2013

As mães da minha vida - Crónica de Arlete Piedade

 
As mães da minha vida - Crónica de Arlete Piedade
 
Há anos fui convidada a escrever um texto sobre o Dia da Mãe, que se comemorou no domingo, dia 5 de Maio em Portugal e que será dirigido a leitores de Portugal, do Brasil e outros países pelo mundo. Deparo-me portanto, com múltiplas escolhas sobre o que escrever e a quem dedicar a minha prosa. Geralmente escrevemos nestes dias, sobre a nossa mãe e também se diz que Mãe há só uma!
 
Sim, cada um tem a sua mãe, que também foram filhas e tiveram a sua mãe, que foi a nossa avó. Das avós também se diz que são mães duas vezes. Mães dos seus filhos e dos filhos dos seus filhos. Depois temos as nossas sogras, as mães dos nossos cônjuges, aquelas que geralmente têm má fama, mas que muitas vezes é imerecida, pois acabam por ser também mães duas vezes. Mães dos seus filhos ou filhas e mães das pessoas que foram escolhidas para parceiros de vida, através do casamento - ou não - dos seus filhos(as).
 
As nossas sogras além de serem também um pouco nossas mães, por sermos casados com seus filhos, são também as outras avós dos nossos filhos, que seguindo o mesmo raciocínio, são mães a dobrar dos nossos filhos, que amamos tanto.
 
Então segue-se que temos não só as nossas mães, como também as nossas avós e ainda as nossas sogras, todas elas com o papel de nossas mães.
 
Depois - e aqui falo de outros casos que não o meu - temos as mães adotivas, as mães de acolhimento, as mães afetivas, as mães de criação, as madrastas, enfim, mulheres que em alguma altura das nossas vidas, nos acolhem e nos dão a ternura e a educação que a mãe biológica, não pode dar, seja por morte, afastamento, falta de condições económicas, ou outros motivos.

Mas voltando ao meu caso, as mães da minha vida, com que intitulei esta crónica, terei que falar em primeiro lugar da minha mãe.
 
Nasci numa pequena aldeia no interior centro de Portugal, em finais da década de 50 do século passado. A vida era difícil, minha mãe vinha de uma família pobre, mas ainda hoje diz que nunca passou fome, ela e as suas quatro irmãs, apesar de no inverno não haver trabalho e viverem só das reservas que a terra dava e do crédito na mercearia.
 
 
 
 

 

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