POESIA DE MANUELA NEVES - A Meu Querido Irmão; Papoila Quente; VINDIMAS (no Oeste de Portugal)
A Meu Querido Irmão
Neste barco de ternura
Te envolvo numa ventura
De saudades sem ter fim
Longes sonhos e quimeras
Que vêm já doutras eras
conhecidos somos sim.
Te envolvo numa ventura
De saudades sem ter fim
Longes sonhos e quimeras
Que vêm já doutras eras
conhecidos somos sim.
Tu e eu somos irmãos
vamos dando nossas mãos
Nos evos dos pensamentos
Folhas volitando aos ventos
Doce paz a envolver.
vamos dando nossas mãos
Nos evos dos pensamentos
Folhas volitando aos ventos
Doce paz a envolver.
Papoila Quente
NAO !
Digo não
ao mundo que me ilude
a cada passo.
Ao vento que passando
à minha porta,
me gela no seu abraço.
Ao amor que os homens
dizem existir no próximo.
Ao sangue a iludir-nos
em campos de batalha,
como rosas vermelhas
a rir de todos nós.
NAO !
Digo não
ao mundo que me ilude
a cada passo.
Ao vento que passando
à minha porta,
me gela no seu abraço.
Ao amor que os homens
dizem existir no próximo.
Ao sangue a iludir-nos
em campos de batalha,
como rosas vermelhas
a rir de todos nós.
VINDIMAS
(no Oeste de Portugal)
De oiro ou negro vestidas
entre parras multicores
grávidas plenas de encanto,
escondidas mas adornadas
cachos de uvas encastradas
das videiras são cortadas
pró festival dos odores.
De oiro ou negro vestidas
entre parras multicores
grávidas plenas de encanto,
escondidas mas adornadas
cachos de uvas encastradas
das videiras são cortadas
pró festival dos odores.
Pelos vinhedos afora,
Vamos lá a vindimar
Cachos cheios, bem carnudos.
Cestas, grupos, na labuta
Andam todos a cantar
P’ra enganar a canseira
Vamos lá a vindimar
Cachos cheios, bem carnudos.
Cestas, grupos, na labuta
Andam todos a cantar
P’ra enganar a canseira
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