sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Sete Dias com Marilyn (2011)

 
Sete Dias com Marilyn (2011)
 
 
«A princesa havia agora tentado dizer ao mundo que era uma prisioneira. Essa era a verdadeira mensagem que Marilyn havia querido passar. E, naturalmente, era exatamente isso que todos aqueles homens gananciosos queriam que ninguém ficasse sabendo.» — Colin Clark em My week with Marilyn
 Marilyn Monroe por Michelle Williams
 
 Um garoto comum e a maior estrela do cinema mundial envolvem-se em um breve caso de amor — até parece o tema de um romance fictício. «Sete Dias com Marilyn» (2011) do diretor Simon Curtis conta o real envolvimento de Marilyn Monroe com o jovem Colin Clark, terceiro assistente de direção de Laurence Olivier durante as filmagens do filme «O Príncipe Encantado» (1957).
 
Sob a alegação de que não poderia desvelar o caso com Marilyn ainda em vida, Colin transforma sua aventura romântica em livro após muitos anos, espécie de tributo concedido à atriz que ele afirma ter mudado sua vida.
 
A atuação de Michelle Williams é uma inequívoca confirmação de seu talento, ao incorporar uma Marilyn em busca de reconhecimento profissional, Williams atinge o fascínio da arte da representação, enfeitiça seus espectadores.
 
E é óbvio que a preparação para esse tipo de papel requer coragem e extrema dedicação.
Marilyn Monroe trata-se de um ícone de abrangência global e a atriz que aceita o desafio de vestir sua pele em uma produção artística está inevitavelmente sujeita a receber críticas severas.
 
No desempenho de Michelle Williams, fisicamente tão diferente de Monroe, nota-se facilmente que a naturalidade é uma qualidade que sobeja, reverbera no sorriso deslumbrante, na suavidade de uma voz melíflua e nos atrevidos meneios do quadril.
 
Sem nunca descambar para o caricato, a tão crível Marilyn de Williams prima justamente por essa naturalidade, evidência de seu conforto com o papel e principal componente da irresistível sensualidade exalada.
 
Por mais que as lembranças idílicas de Colin Clark não resultem em um roteiro de estimulante complexidade, a destrutiva dualidade de Marilyn surge sólida nas cenas conferindo certa consistência ao drama. Grande parte do êxito da protagonista está na compreensão dessa dupla personalidade da celebridade que encarna integralmente, a contrafação esplendorosa de Norma Jeane apresenta-se completamente exposta.
 
 
 
 
 

 
 

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