Bom português, anda cá outra vez - Por Leocardo - Blogue Bairro do Oriente - Macau
Como já tenho dito várias vezes neste espaço, é com grande satisfação que vejo cada vez mais portugueses que nos chegam fresquinhos da República ao território.
Enche-me de orgulho o peito lusitano com esta vaga de imigração, que no fundo tem contornos diferentes daquela que se verifica para Luxemburgo, Suíça e outros, pois Macau continua a ter o seu «cheirinho» a português, apenas 13 anos que estão decorridos da entrega do território à China.
A melhor parte é que muita desta malta que chega, a maioria, é jovem, inteligente, educada e trabalhadora. Que sejam muito bem-vindos, e os que vêm sozinhos possam em breve trazer a mulher, os filhos ou a namorada, conforme o caso. Só interessa que venham por bem.
Quando cheguei a Macau existia uma comunidade portuguesa muito mais heterogénea que hoje. Era malta de todos os estratos e origens, uns gente honesta e trabalhadora, outros nem por isso, uns bem intencionados outros nem tanto. Uma grande parte estava aqui a prazo e sabia disso, outros vinham garimpar uns patacos e depois regressavam.
Os que ficaram, e desculpem-me a vaidade, foram os que faziam falta. Não ficou quem quis, ficou quem pôde, se bem que muitos queriam ficar mas foram atirados «borda fora», como já esmiucei num post anterior. Alguns deixaram raízes e até regressaram à agora RAEM, outros nem querem ouvir falar de Macau, pelas razões mais diversas. Nem é preciso dizer que esses não fazem cá falta nenhuma.
Existia no início dos anos 90 uma elite de portugueses, gente que não cheguei a conhecer muito bem, que estavam aqui a exercer a sua função tecnocrática em comissões de serviço chorudas, debaixo da asa protectora do general e dos seus amigos de quartel.
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