Fez no dia 25 DE JANEIRO 67 anos que faleceu o poeta português AFONSO LOPES VIEIRA
Afonso Lopes Vieira - [Leiria, 1878 - Lisboa, 1946]
Filho de um advogado, cursou Direito em Coimbra de 1895 a 1900 e praticou a advocacia em Lisboa. Em 1902 encontra-se a exercer o cargo de redactor da Câmara dos Deputados. Em 1916 passa a dedicar-se exclusivamente à literatura, empenhando-se num admirável esforço de divulgação e valorização de obras e escritores clássicos portugueses, aqueles que, de acordo com o seu nacionalismo esclarecido, melhor traduzem o espírito e a sensibilidade lusitanos.
Não foi por certo alheio a este voluntário apostolado cultural o facto de Afonso Lopes Vieira ter pertencido a uma geração de homens animados por ideais renascentistas, homens para quem literatura e Pátria eram realidades co-naturais, a uma cabendo uma missão orientadora e sendo a outra uma entidade fundamentalmente espiritual e linguística.
Afonso Lopes Vieira contribuiu profundamente para o refortalecimento do nosso património literário e cultural ao promover o gosto pelo teatro vicentino, adaptando algumas peças (Monólogo do Vaqueiro, Auto da Barca do Inferno) e proferindo diversas conferências (A Campanha Vicentina. Conferências & Outros Escritos, 1914), ao restituir à língua portuguesa duas obras que corriam em versão castelhana, o Amadis de Gaula (O Romance de Amadis, 1922) e a Diana de Montemor (A Diana de Jorge de Montemor em Português, 1924), ao interessar-se por uma edição nacional d' Os Lusíadas, com a reprodução do texto da edição princeps de 1572, e por uma edição crítica da Lírica, ao escrever livros de comovida singeleza para crianças e adultos, ilustrados e musicados por artistas como Raul Lino e Tomás Borba (Animais Nossos Amigos, 1911; Bartolomeu Marinheiro, 1912; Poesias sobre as Cenas Infantis de Schumann, 1915).
Nomes como os de Francisco Rodrigues Lobo e João de Deus suscitam-lhe igual atenção, tendo seleccionado, anotado e prefaciado parte das suas obras (Poesias de Francisco Rodrigues Lobo, 1940; Corte na Aldeia de Francisco Rodrigues Lobo, 1946; O Livro de Amor de João de Deus, 1921).
Mas a importância de Afonso Lopes Vieira na história da nossa literatura não se resume a esta actividade intensa de investigador, divulgador e animador cultural. Também foi poeta e prosador.
Filho de um advogado, cursou Direito em Coimbra de 1895 a 1900 e praticou a advocacia em Lisboa. Em 1902 encontra-se a exercer o cargo de redactor da Câmara dos Deputados. Em 1916 passa a dedicar-se exclusivamente à literatura, empenhando-se num admirável esforço de divulgação e valorização de obras e escritores clássicos portugueses, aqueles que, de acordo com o seu nacionalismo esclarecido, melhor traduzem o espírito e a sensibilidade lusitanos.
Não foi por certo alheio a este voluntário apostolado cultural o facto de Afonso Lopes Vieira ter pertencido a uma geração de homens animados por ideais renascentistas, homens para quem literatura e Pátria eram realidades co-naturais, a uma cabendo uma missão orientadora e sendo a outra uma entidade fundamentalmente espiritual e linguística.
Afonso Lopes Vieira contribuiu profundamente para o refortalecimento do nosso património literário e cultural ao promover o gosto pelo teatro vicentino, adaptando algumas peças (Monólogo do Vaqueiro, Auto da Barca do Inferno) e proferindo diversas conferências (A Campanha Vicentina. Conferências & Outros Escritos, 1914), ao restituir à língua portuguesa duas obras que corriam em versão castelhana, o Amadis de Gaula (O Romance de Amadis, 1922) e a Diana de Montemor (A Diana de Jorge de Montemor em Português, 1924), ao interessar-se por uma edição nacional d' Os Lusíadas, com a reprodução do texto da edição princeps de 1572, e por uma edição crítica da Lírica, ao escrever livros de comovida singeleza para crianças e adultos, ilustrados e musicados por artistas como Raul Lino e Tomás Borba (Animais Nossos Amigos, 1911; Bartolomeu Marinheiro, 1912; Poesias sobre as Cenas Infantis de Schumann, 1915).
Nomes como os de Francisco Rodrigues Lobo e João de Deus suscitam-lhe igual atenção, tendo seleccionado, anotado e prefaciado parte das suas obras (Poesias de Francisco Rodrigues Lobo, 1940; Corte na Aldeia de Francisco Rodrigues Lobo, 1946; O Livro de Amor de João de Deus, 1921).
Mas a importância de Afonso Lopes Vieira na história da nossa literatura não se resume a esta actividade intensa de investigador, divulgador e animador cultural. Também foi poeta e prosador.
Sem comentários:
Enviar um comentário