O camaleão se veste de verde - Haroldo P. Barboza
Há muitos anos a região amazónica é cobiçada pelos abutres internacionais. Enquanto não conseguem loteá-la entre si oficialmente, regularmente já praticam estupro contra a natureza local, arrancando-lhe das entranhas, todas as virtudes que possam ser transformadas em moeda, para saciar a fome de ganância que domina seus espíritos desprovidos de compaixão.
Saqueiam nossas árvores e pedras vorazmente pela madrugada e pregam a defesa da flora durante o dia, através da imprensa bem doutrinada e de ONG's patrocinadas que mapeiam a região de forma dissimulada para ajudar satélites que não enxergam através das árvores.
Claro que temos de excluir as entidades (em número menor?) que efectivamente trabalham em prol da preservação do ambiente. Mas como actuam em silêncio, são envolvidas pelas perniciosas. Depois de arrasarem suas próprias reservas florestais em nome do progresso durante dezenas de anos em busca de riquezas, voltaram seus desejos para nosso património. De repente, criaram ONG’s de protecção (?) à nossa flora e fauna. Só não explicam porque hipocritamente compram animais e madeiras que saem daqui pelo contrabando.
Nos últimos 10 anos, estão tratando de apressar as acções que possam lhes dar alguma garantia de poderem explorar esta rica área de forma legal. Nos empurraram um tal de SIVAM, rotulado de vigia electrónico, para impedir a livre acção de contrabandistas (nos dois sentidos) em nossas fronteiras, quando na verdade estavam fotografando com altos recursos tecnológicos, nosso subsolo produtivo. Todas as reservas minerais já estão mapeadas.
Mais recentemente, os mapas escolares americanos, não mostram o Amazonas como Estado brasileiro, mas sim, região internacional de protecção à natureza. Quer dizer, esta terra deixou de ter dono. Será de quem primeiro chegar aqui dentro de uns 2 anos e executar alguma «benfeitoria»??. Depois, cada país cuja ciência esteja avançada, terá direito a um laboratório na região. Talvez permitam que o Brasil possa montar uma barraca de venda de coco gelado e acarajé aos técnicos estrangeiros aqui em trânsito.
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