sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Estudo do Livro «Memórias Póstumas de Brás Cubas», de Machado de Assis. - Por Arlete Deretti Fernandes

 
Estudo do Livro «Memórias Póstumas de Brás Cubas», de Machado de Assis. - Por Arlete Deretti Fernandes
 
 A forma errática e o olhar de classe.
- Brás Cubas, era filho de uma família que não era nobre, mas se fez de nobre. Voltado às aparências. Tinha a mentalidade da classe aristocrática: - Queria subir e ser deputado.
 Eugênia, significa a sociedade da época.
 
-é preciso saltar fora da visão de Brás Cubas personagem, senão ficamos restritos. E é preciso interpretar o que Machado quer dizer e aonde quer chegar. Este livro traz uma extraordinária percepção psicológica e sociológica em relação à sociedade do século XIX.
 
Memórias Póstumas de Brás Cubas, é considerado o primeiro grande romance da Literatura Brasileira, e, a primeira Obra Prima do século XIX, segundo Roberto Schwarz.
 
Este romance quebra radicalmente com as formas do romance romântico e também naturalista. Quem ousou até então escrever um capítulo como o LV, «O Velho Diálogo de Adão e Eva»?
 
Machado não é linear neste romance, segue a forma ziguezagueante. Os episódios são difusos e fragmentados. São sub-enredos, várias histórias numa só. Ele diz que seu estilo é ébrio. São capítulos curtos, alguns de resistencias. Quebra com a verossimilhança.
 
O texto é todo quebrado, não tem começo nem fim. O primeiro capítulo já é o óbito do personagem. O leitor comum do século XIX muito deve ter estranhado. Machado quer reinventar o mundo e rompe com uma tradição da época.
 
A Sátira menipéia é um gênero clássico antigo, mas marginal, as sátiras misturam prosa e verso. Machado leu esta tradição marginal do Ocidente em Satiricon. Esta sátira foi um de seus pontos de apoio.
 
 
 
 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário