Jornal Raizonline nº 206 de 21 de Janeiro de 2013 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - As minhas memórias mais próximas (XXVII) - A instável estabilidade
Gosto sempre de referir que este termo, não propriamente por estas palavras, foi dito pela primeira vez por um político francês do pós Maio de 68 e que na altura, tendo ele respondido a uma pergunta que lhe foi feita «que a situação estava estavelmente instável» as suas palavras foram alvo de um aceso debate que durou pelo que me chegou cerca de seis meses pelo menos, tendo direito de antena tanto em televisões como rádios e outros meios de comunicação.
Pois bem, dito isto, a estabilidade na instabilidade existe, parecer ser um facto, basta para tal que a instabilidade dure para ganhar foro de constância e logo de estabilidade. Acontece que hoje fui surpreendido por uma notícia de interesse local, aqui na minha cidadezinha, que respeita ao falecimento de uma pessoa carismática em certos círculos que não na generalidade da cidade.
Foi-lhe dada a alcunha de «Passarinho da ribeira» sem qualquer intuito de menorização da personagem, que até assumia a alcunha com um fair play invejável. Não sei a origem de tal termo, ou seja, porque ele adoptou ou o fizeram adoptar tal alcunha, mas consta-me que ele andava quase sempre a assobiar entre dentes e que isso terá contribuído para o cognome. Seja...ele faleceu, com derrame cerebral, numa idade ainda bastante jovem, ou que normalmente se atribui como «jovem» para que tais coisas sucedam.
Certo me parece ser e relacionado que estou com pessoas que trabalham no ramo da Saúde é que hoje a morte já não escolhe idade, ou já não se pensa tanto em que só os mais velhos é que morrem. São-me contados casos surpreendentes, em termos de idade, com patologias normalmente atribuídas aos mais velhos (ou menos novos) com uma frequência que vai construindo em mim a ideia de que realmente a idade não é factor determinante (como nunca foi) para que as coisas aconteçam.
Gosto sempre de referir que este termo, não propriamente por estas palavras, foi dito pela primeira vez por um político francês do pós Maio de 68 e que na altura, tendo ele respondido a uma pergunta que lhe foi feita «que a situação estava estavelmente instável» as suas palavras foram alvo de um aceso debate que durou pelo que me chegou cerca de seis meses pelo menos, tendo direito de antena tanto em televisões como rádios e outros meios de comunicação.
Pois bem, dito isto, a estabilidade na instabilidade existe, parecer ser um facto, basta para tal que a instabilidade dure para ganhar foro de constância e logo de estabilidade. Acontece que hoje fui surpreendido por uma notícia de interesse local, aqui na minha cidadezinha, que respeita ao falecimento de uma pessoa carismática em certos círculos que não na generalidade da cidade.
Foi-lhe dada a alcunha de «Passarinho da ribeira» sem qualquer intuito de menorização da personagem, que até assumia a alcunha com um fair play invejável. Não sei a origem de tal termo, ou seja, porque ele adoptou ou o fizeram adoptar tal alcunha, mas consta-me que ele andava quase sempre a assobiar entre dentes e que isso terá contribuído para o cognome. Seja...ele faleceu, com derrame cerebral, numa idade ainda bastante jovem, ou que normalmente se atribui como «jovem» para que tais coisas sucedam.
Certo me parece ser e relacionado que estou com pessoas que trabalham no ramo da Saúde é que hoje a morte já não escolhe idade, ou já não se pensa tanto em que só os mais velhos é que morrem. São-me contados casos surpreendentes, em termos de idade, com patologias normalmente atribuídas aos mais velhos (ou menos novos) com uma frequência que vai construindo em mim a ideia de que realmente a idade não é factor determinante (como nunca foi) para que as coisas aconteçam.
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