sábado, 19 de janeiro de 2013

...e o relogio bateu treze vezes! - Conto de Miriam de Sales Oliveira

 
...e o relogio bateu treze vezes! - Conto de Miriam de Sales Oliveira
 
O Dr. Gable, juiz aposentado, sofreu com o calor daquela noite de agosto. Não conseguia conciliar o sono. Levantou-se, colocou um robe-de-chambre sobre o pijama e foi pitar seu cachimbo, na pracinha fronteira á sua casa. Respirou com alegria a brisa noturna, sentado num banco em frente ao magnífico carrilhão da igreja, que datava do Sec. XI.
 
Um homem do povo, que parecia ter saído de um trabalho braçal, sentou-se ao seu lado, na borda do banco e puxou um cigarrinho de palha. Quase na mesma hora o carrilhão tocou as doze badaladas da meia-noite; quer dizer, deveriam ser doze badaladas, mas, sabe-se lá porque o relógio tocou treze vezes. Os homens se entreolharam e comentaram o erro; treze badaladas! Estaria o sineiro bêbado?
 
Meses depois o juiz acordou muito mais cedo do que costumava; sem paciência para ficar na cama levantou-se e vestiu-se. Andou até á cozinha. Surpreendeu-se ao ver o criado com a mesa posta para o café da manhã. Ainda era muito cedo. Tomou seu chá e, ao abrir a porta da rua, outra surpresa; o seu cavalo estava lá, encilhado e pronto para um passeio. Achando tudo muito estranho, interrogou o moço da estrebaria que lhe confessou:
-Tive um pressentimento que o patrão precisasse do cavalo, então o trouxe.
 
O juiz era um inglês velho e fleumático. Não se surpreendeu. Montou o cavalo e deixou que este o levasse. Seguiu para as bandas do rio onde se achava a balsa que transportava os passageiros de uma banda para a outra; o balseiro parecia estar pronto para o transporte apesar do adiantado da hora. Deu-lhe os bons dias:
-Não é muito cedo para o transporte?
-Sim é, patrão, mas, tive insónia e pressenti que alguém quisesse atravessar o rio.
 
 Leia o texto completo a partir de 21/01/2013 carregando aqui.
 
 
 

 

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