sábado, 26 de janeiro de 2013

Poesia de Pedro Du Bois - MALDADE; FRONTEIRAS; MORRER

 
Poesia de Pedro Du Bois - MALDADE; FRONTEIRAS; MORRER
 
 MALDADE
 
 Traz a sina
 a sanha
 a peçonha do desencontro:

 
o veneno inoculado
 no escasso esforço
 de se dizer ausente.

 
(Pedro Du Bois, inédito)
 
 FRONTEIRAS
 
 Marco a distância: crio fronteiras
 e as armo em cercas farpadas.
 

Reservo espaço ao póstero. Sigo
 os passos menino moço remoçado
 e impeço sua saída. Pergunto pela
 identidade: faço ver a necessidade
 das explicações. Armo minha fala
 no descaso do eterno (ou quase)
 vigilante. No peso a responsabilidade
 rompe o estribilho. Minha fronteira
 exige permanências.

 
 (Pedro Du Bois, inédito)
 
 MORRER
 
 Na obviedade
 esqueço a importância: sei
 dos selvagens não contatados

 a secularidade na datação
 civilizada: aos selvagens restam
estações monitoradas por satélites

 em estradas abertas
 ao progresso o óbvio acompanha
 a máquina: a mortandade acontece
 antes do contato.

 
(Pedro Du Bois, inédito)
 
 
Leia este tema completo a partir de 28 de Janeiro carregando aqui.
 
 
 

 
 

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