Poesia de Pedro Du Bois - MALDADE; FRONTEIRAS; MORRER
MALDADE
Traz a sina
a sanha
a peçonha do desencontro:
o veneno inoculado
no escasso esforço
de se dizer ausente.
(Pedro Du Bois, inédito)
FRONTEIRAS
Marco a distância: crio fronteiras
e as armo em cercas farpadas.
Reservo espaço ao póstero. Sigo
os passos menino moço remoçado
e impeço sua saída. Pergunto pela
identidade: faço ver a necessidade
das explicações. Armo minha fala
no descaso do eterno (ou quase)
vigilante. No peso a responsabilidade
rompe o estribilho. Minha fronteira
exige permanências.
(Pedro Du Bois, inédito)
MORRER
Na obviedade
esqueço a importância: sei
dos selvagens não contatados
a secularidade na datação
civilizada: aos selvagens restam
estações monitoradas por satélites
em estradas abertas
ao progresso o óbvio acompanha
a máquina: a mortandade acontece
antes do contato.
(Pedro Du Bois, inédito)
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