sábado, 5 de janeiro de 2013

Festanças e tradições caipiras - Autoria e Fonte: Cecílio Elias Netto (A Província - Piracicaba)

 
Festanças e tradições caipiras - Autoria e Fonte: Cecílio Elias Netto (A Província - Piracicaba)
 
O «fandango» teria sido herança dos mouros, havendo, ainda, quem afirme ser flamenga a sua origem. Uma dança profana na qual a viola é o instrumento fundamental.
 
Uma das festanças caipiras que começam a desaparecer, sobrevivendo apenas no litoral e sob outras formas, é o «fandango», cujas origens são controvertidas. Existente em Portugal e Espanha, o «fandango» teria sido herança dos mouros, havendo, ainda, quem afirme ser flamenga a sua origem. Uma dança profana na qual a viola é o instrumento fundamental.
 
Há o «fandango rufado - bailado» com batidas de pés e de palmas, que deve começar apenas após a meia-noite, encerrando-se por volta das três horas da manhã. E o «fandango valsado», conjunto de danças onde não há batidas de pés ou de mãos, mas o estalar de dedos como que imitando castanholas. São danças que chegam até o raiar do dia.
 
 Fenômeno caipira, no entanto, que desperta a atenção de historiadores e de estudiosos é o Cururu, como dança e como música. O Cururu Paulista ainda sobrevive no Vale do Tietê Médio.
 Cururu Paulista
 
 As origens do Cururu são, também, discutidas. Há divergências entre os folcloristas Câmara Cascudo e Alceu Maynard de Araújo. São Paulo, no entanto, adotou a tese de Maynard, que foi corrobada por outro folclorista de renome, João Chiarini. Segundo eles, o Cururu – dança e cantoria popular – sobreviveu de uma adança ameríndia usada pelos jesuítas para a catequese. Assim, seria mesmo dança paulista, diferentemente do Cururu de Mato Grosso que teria origens religiosas mas seguindo a «dança do sapo», pois «cururu» é o nome do sapo em língua tupi.
 
 
 
 

 

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