domingo, 6 de janeiro de 2013

MARIO VARGAS LLOSA (Um Autor Universal) - Por Arlete Deretti Brasil Fernandes

 
 
MARIO VARGAS LLOSA (Um Autor Universal) - Por Arlete Deretti Brasil Fernandes
 
 
UM NOBEL PARA A AMERICA LATINA

O escritor Mário Vargas Llosa é um dos autores que mais marcaram, nas últimas décadas, a literatura latino-americana, através de sua aguda percepção da complexa sociedade peruana.
 
Com 74 anos, foi um dos protagonistas do chamado «boom latino-americano», junto com outros grandes nomes, como o colombiano Gabriel Garcia Marquez, o argentino Júlio Cortazar e o mexicano Carlos Fuentes.
 
Admirado por sua descrição das realidades sociais, no plano político suas posições de direita suscitaram hostilidades em um meio intelectual que tende, majoritariamente para a esquerda.
 
Llosa disse certa vez: «Os latino-americanos são sonhadores por natureza e temos problemas para diferenciar o mundo real e a ficção. E é por isto que temos tão bons músicos, poetas, pintores e escritores, e também governantes tão horríveis e medíocres».
 
Nascido na sulista cidade de Arequipa, em 28 de março de 1936, em uma família de classe média, foi educado por sua mãe e avó materna, em Cochabamba, na Bolívia, e depois voltou ao Peru. Após seus estudos na Academia Militar de Lima, obteve uma licenciatura em Letras e deu, muito jovem, os primeiros passos no jornalismo.

Instalou-se, pouco depois em Paris, onde casou-se com sua tia Julia Urquidi, quinze anos mais velha do que ele, e que inspiraria mais tarde o livro Tia Júlia e O Escrevinhador, e exerceu várias profissões: tradutor, professor de espanhol e jornalista da Agencia France - Presse. Depois de romper com Urquidi, casou-se com sua prima -irmà, Patrícia Llosa, com quem tem três filhos.
 
Vivendo grande parte dos anos 1960 em Paris, Llosa se deixou cativar pelo esplendor cultural e político que dominava o país. Desde pequeno sonhava com Paris. Estava convencido de que, se não fosse a Paris, jamais seria um escritor relatou em uma entrevista à AFP, em 2009, em sua casa de Madri, onde viveu metade do ano.
 
«Foram para mim, anos formidáveis: gozava tanto da atmosfera, do ambiente intelectual... Paris ainda era uma cidade aberta, na qual a pessoa se sentia em casa desde o momento em que chegava.»
 
 
 
 
 

 
 

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