DENTADURA AO MAR - Conto por Lídia Frade
Um barco de pesca saiu para o mar, na área de pesca de Porto Covo, os ocupantes do barco seriam, o patrão de barco, com alguns amigos, já habituais pescadores.
Com eles saiu também um turista estrangeiro, que estando ali a passar férias, mostrou desejo de fazer parte de um dia de pesca, para levar a experiencia, nas suas recordações, de umas belas férias passadas na nossa costa Alentejana.
Na verdade nem ele esperaria, ou imaginaria, da grandiosidade e vivencia, que esse dia lhe ia proporcionar, nas suas histórias de férias e aventuras em Portugal.
Na partida tudo alegria e boa vontade, para os pescadores tudo era igual, era a vida que tinham, o seu trabalho de todos os dias, só desejavam e esperavam que o seu dia de trabalho, fosse produtivo, e que voltassem com um bom pescado.
Avançaram algum tempo para largo, tinham os locais já seus reconhecidos onde iriam tentar fazer a sua recolha, e chegados dentro dessa área já planeada, começaram a preparar essa recolha de pescado.
Os que estavam para trabalhar, estavam a cumprir, para alcançar o desejado, o seu passageiro estava a ver e a seguir, todos os procedimentos, com muito interesse, como seria natural, era para isso que tinha preparado aquele dia especial.
Não imaginava porem que, aquele pequeno barco, onde ele estava, e iria passar algumas horas, ali ao sabor das ondas, o faria enjoar, e pouco a pouco começou por sentir-se indisposto, a revolta das ondas, estava instalada já dentro do seu estômago.
Logo depois passou da indisposição ao vomito, com a cabeça do lado de fora do barco, lá ia deitando para os peixinhos, o que tinha dentro de si, o que lhe tinha dado prazer comer, agora era expulso, iria dar prazer a outros seres vivos, a ele só o estava a incomodar.
Os outros iam trabalhando, já um pouco incomodados também com aquela situação, sabiam que ia acontecer, esperavam que conseguisse aguentar o tempo necessário para completarem o seu trabalho, sabiam também que, aquele nunca mais iria querer sair para a pesca.
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