sábado, 30 de março de 2013

Ferreiro trabalhando o aço - Crónica de Antônio Carlos Affonso dos Santos - Acas

 
Ferreiro trabalhando o aço - Crónica de Antônio Carlos Affonso dos Santos - Acas
 
Crônica de um velho ao amigo, também velho.

Caro amigo,

Estamos ficando mais velhos! Os anos se sucedem. As lembranças da Cobrasma, em Osasco; no distante ano de 1971, ainda estão em nossas lembranças.

E éramos também pouco mais que adolescentes à época. As crianças, que ainda há pouco choramingavam em nossos colos, hoje são mães e pais. Os netos correm pelos corredores, pelos jardins. Nós testemunhamos «par e passo» o quanto nosso país mudou nos últimos anos. Avançamos na tecnologia e regredimos nos costumes.



Ficou o respeito entre os mais antigos. Temos que nos adaptar a conviver com os desiguais; coisas do modernismo! Nossas companheiras; legado vivo de nossa existência e nós mesmos, já começamos a nos queixar das dores que a idade provoca.



Quando somos jovens, projetamos muitos sonhos. E muitos deles não se tornaram realidade; alguns sonhos nós conseguimos realizar, ainda que, muitas vezes, não os realizamos da forma como os idealizamos. A idade tem um ingrediente ótimo; que é a temperança. Nós somos mais calmos para tomarmos decisões, que, via de regra, tornam-se cada vez mais sábias.



- Amigo. Estamos ficando mais velhos! Os anos se sucedem. Aos poucos, ficamos sabendo de um ou outro ex-colega de trabalho ou escola que já partiram desta vida levando alguma história, onde nós também fazíamos parte. Vimos muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.
 
 
 
 

 

 

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