sábado, 30 de março de 2013

FARO, A MINHA CIDADE - A Procissão de Sexta Feira Santa - Texto de João Manuel Brito Sousa

 
FARO, A MINHA CIDADE - A Procissão de Sexta Feira Santa - Texto de João Manuel Brito Sousa

Nessa noite, a malta do campo vai à procissão. Vão todos ou quase. E gostam de ir, porque encontram alguns conhecidos que já não viam há muito, ou porque andaram pela estranja ou têm andado arredios.
 
E lá vai um abraço e dois dedos de conversa.
 
Antes da procissão passar, já a Rua de Santo António está cheia de gente encostada às paredes. Não há uma nesga . E é nessa altura que a malta passa. O Zé Vitorino Neves do Arco com o Verdelhão, o Zeca Basto com o Zé Pinto, o Carlos Alberto Magalhães com o Justino, o Zé Eusébio com o Jorge Barata, o Zé Aleixo Salvador com o Marcelino Viegas, o Brito da Falfosa com o Alex, o Zacarias com o Januário, e a malta do Liceu com o Tabeta e o Santana à cabeça.

Quando o palio passa as pessoas curvam-se e respeitosamente fazem o sinal da cruz. Mas a procissão começa com as matracas à cabeça, uns utensílios que, rodando-os fazem um barulho esquisito e forte. Depois vem a turma dos Bombeiros com o Larguito à frente com o bombo, a dar-lhe umas porradas.
Passo certo e cadenciado, vem a banda de música de Paderne, com os clarinetes à frente e os pratos atrás.
 Pétalas de rosas vermelhas pelo chão e colchas roxas nas janelas.
 Vem aí o andor representando a agonia e morte de Cristo, com a Mãe.
Depois o palio com o Cónego Henriques e mais sacerdotes.
 A procissão leva duas horas a passar.
 
 
 
 
 

 
 
 

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