Jornal Raizonline nº 214 de 18 de Março de 2013 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - As minhas memórias mais próximas (XXXV)- Mercenarismo «Cultural»?
Há alturas em que me sinto como pertencendo a um outro mundo ou que não pertenço a este pelo menos em dados aspectos mesmo sem pertencer a um outro. A minha formação é flexível nos aspectos que considero serem elementos do progresso, da evolução, da satisfação das necessidades actuais com elementos actuais, mas é muito renitente quando se trata de «aceitar» algumas coisas que considero eticamente ou moralmente incorrectas.
Todos os dias se assiste ao eclipsar ético e nalguns casos à destruição moral em favor de coisas que mesmo que não fossem efémeras nunca justificariam, a meu ver, a subversão de princípios basilares que sempre foram suporte formativo do ser humano. Que caminhos se percorrem (?) e onde vamos parar (?) são as perguntas que se colocam quando se trata de pensarmos naquilo que vamos sabendo sobre coisas que ferem a nossa sensibilidade.
Que força é esta que leva algumas pessoas a abdicarem de princípios de decência para figurarem, quantas vezes por breves segundos, nos palanques maiores ou menores cujo significado substancial andará a rasar qualitativamente o zero em qualquer caso?
Quanta necessidade de afirmação pessoal foi construída e não satisfeita por esta sociedade que coloca de forma única nas mãos de algumas pessoas a possibilidade de terem esse(s) segundo(s) de fama à custa da sua própria estrutura psíquica e cultural e que ao fim e ao cabo leva à destruição progressiva de valores basilares irrecuperáveis?
Realmente faz pensar e eu tenho pensado um pouco ou mesmo muito nisso: tenho dificuldade em aceitar (ou melhor, não aceito mesmo!) que se façam resenhas elogiosas pagas (é claro) de trabalhos cujo valor é pelo menos discutível e mesmo que esse valor não esteja em causa à partida acaba por o ficar depois desse serviço prestado, porque o que tem valor, tem valor e perde esse mesmo valor logo que entra nesses jogos.
Todos os dias se assiste ao eclipsar ético e nalguns casos à destruição moral em favor de coisas que mesmo que não fossem efémeras nunca justificariam, a meu ver, a subversão de princípios basilares que sempre foram suporte formativo do ser humano. Que caminhos se percorrem (?) e onde vamos parar (?) são as perguntas que se colocam quando se trata de pensarmos naquilo que vamos sabendo sobre coisas que ferem a nossa sensibilidade.
Que força é esta que leva algumas pessoas a abdicarem de princípios de decência para figurarem, quantas vezes por breves segundos, nos palanques maiores ou menores cujo significado substancial andará a rasar qualitativamente o zero em qualquer caso?
Quanta necessidade de afirmação pessoal foi construída e não satisfeita por esta sociedade que coloca de forma única nas mãos de algumas pessoas a possibilidade de terem esse(s) segundo(s) de fama à custa da sua própria estrutura psíquica e cultural e que ao fim e ao cabo leva à destruição progressiva de valores basilares irrecuperáveis?
Realmente faz pensar e eu tenho pensado um pouco ou mesmo muito nisso: tenho dificuldade em aceitar (ou melhor, não aceito mesmo!) que se façam resenhas elogiosas pagas (é claro) de trabalhos cujo valor é pelo menos discutível e mesmo que esse valor não esteja em causa à partida acaba por o ficar depois desse serviço prestado, porque o que tem valor, tem valor e perde esse mesmo valor logo que entra nesses jogos.
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