HOMENAGEM A UMA MULHER - Vitória Pais Freire de Andrade Madeira - [20.01.1883 - 07.11.1930]
Morre em Lisboa, com 47 anos, a professora e militante feminista Vitória Pais Freire de Andrade Madeira.
Professora, natural de Ponte de Sor, onde nasceu em 1883, Vitória Pais era filha de José Albertino Freire de Andrade (professor) e de Arsénia Maria Mineira e casou, muito nova, com o comerciante de Portalegre Manuel Joaquim Madeira.
Professora, natural de Ponte de Sor, onde nasceu em 1883, Vitória Pais era filha de José Albertino Freire de Andrade (professor) e de Arsénia Maria Mineira e casou, muito nova, com o comerciante de Portalegre Manuel Joaquim Madeira.
Cursou a Escola Normal de Portalegre (1903), leccionou no distrito - Avis, Vale de Açor e Ponte de Sor – e inaugurou, nesta última localidade, uma escola por si dirigida e denominada «Uma missão das Escolas Móveis» (1913).
Durante a I Guerra, partiu para a capital, a fim de se inscrever no Curso de Enfermagem organizado pela Cruzada das Mulheres Portuguesas, fez exame de enfermeira (04/12/1917) e prestou serviços aos mutilados no Instituto de Santa Isabel.
Frequentou a Escola Normal de Lisboa (1921), onde foi sempre a presidente da Associação Escolar, e algumas cadeiras da Faculdade de Letras.
A par do seu empenhamento nas questões pedagógicas e no associativismo docente, evidenciou-se na militância cívica e feminista, tendo aderido à Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, à Associação de Propaganda Feminista e ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, de que foi um dos pilares, quer pelos cargos directivos que desempenhou, como pela participação nos Congressos Feministas e Abolicionistas.
Enquanto sócia da Liga, colaborou na revista A Mulher e a Criança (1911) e no jornal A Madrugada (1913-1915), participou na campanha a favor da aprovação, pelo Parlamento, duma lei proibitiva da venda de tabaco e bebidas alcoólicas a menores (1912), foi subscritora da Obra Maternal entre, pelo menos, 1913 e 1915, e contribuiu para subscrições.
No âmbito da APF, foi accionista da Empresa de Propaganda Feminista e defesa dos direitos da mulher (Junho de 1915), responsável pela edição do jornal A Semeadora, e contribuiu para a sua propaganda na região onde leccionava.
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