sexta-feira, 15 de março de 2013

Seamus Heaney: Poemas, Poesia, Biografia - Por Sylvia Beirute

 
Seamus Heaney: Poemas, Poesia, Biografia - Por Sylvia Beirute
 
Por causa da presença do escritor irlandês Peter Cunnigham em Portugal, no festival Lit.algarve, tive vontade de escrever umas linhas sobre um poeta também da Irlanda, mas do Norte. O maior poeta irlandês desde William Butler Yeats: Seamus Heaney.

Seamus Heaney nasceu em 13 de Abril de 1938 em Mossbawn, County Derry, e ganhou o Prémio Nobel em 1995 e o Prémio T. S. Eliot em 2006. A poesia de Heaney é, diria poeticamente, de vagas carícias, de pequenos ruídos do quotidiano que lhe impõem uma subtileza no estilo, como se os movimentos, ainda que associados à dor, se manifestassem lentamente.
 
Este lento demonstrar do interior, impelido por aquilo que o poeta vai assistindo, é contudo enganador, revelando, não raras vezes, o seu propósito. Porque é a lentidão enquanto espaço de conhecimento, exaustão da visibilidade e da compreensão e razão. Esta poesia diz respeito a uma ordem confessional, mas uma confessionabilidade, eu diria, de viagem. Ou seja, a diferença entre as coisas que o eu poético descortina serve de móbil à confissão.
 
Aqui a confissão é uma confissão de domínio, relato de experiência, senão de renovação obscura. De outro modo, há por vezes uma realização do poema dentro do espaço social (e religioso) do autor, senão do ambiente político. Isso é bem visível no seu livro de poemas em prosa Stations. Aí, a primeira parte do que disse acerca da sua poesia como que se integra nesta moldura, «invernando» (como diria o próprio Seamus Heaney) na vida rural da Irlanda do Norte (o convívio, os medos, a apanha da fruta, etc) e, ainda mais atrás, no passado em que este era uma criança: a segunda guerra mundial.
 
 
 
 

 
 

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