domingo, 24 de março de 2013

Como é ser Cronista - Texto remetido por Helena Emília Bortoloti

 
Como é ser Cronista - Texto remetido por Helena Emília Bortoloti
 
Ser um cronista é enxergar o potencial de um fato corriqueiro de ser único ao mesmo tempo em que ocorre repentinamente e transpô-lo ao papel. Mas principalmente, é aproximar a linha entre o jornalismo e a literatura e o cronista pode ser considerado o poeta dos acontecimentos do dia-a-dia.
 
Escolher um título para uma crônica é, de fato, um dos pormenores mais complicados nesta tarefa de cronista. Porque tem de ser, ao mesmo tempo, sucinto, apelativo e ligado ao texto. De seguida, surge o tema da crônica, em termos de uma escala de dificuldade na composição deste conjunto de palavras.
 
Há quem diga que há mais temas que textos, mas como dizer isso na altura que o cronista tem de tomar uma opção? Até parece heresia! Em terceiro e último lugar, vem aquilo a que a maioria dos cronistas nem costuma tomar em grande atenção – agradar aos leitores
 
A crônica, na maioria dos casos, é um texto curto narrado em primeira pessoa, ou seja, o próprio escritor está dialogando com o leitor. Isso faz com que a crônica apresente uma visão totalmente pessoal de um determinado assunto: a visão do cronista. Ao desenvolver seu estilo e ao selecionar as palavras que utiliza em seu texto, o cronista está transmitindo ao leitor a sua visão de mundo. Ele está, na verdade, expondo a sua forma pessoal de compreender os acontecimentos que ocorrem.
 
Este escritor relata o que nós pensamos, mas que muitas vezes não nos damos conta, talvez por não pararmos para refletir sobre o que a todo tempo se passa. Outras vezes escrevem sobre o que nos frustra, revolta ou entristece.
 
Geralmente, as crônicas apresentam linguagem simples, espontâneas, situada entre a linguagem oral e a literária. Isso contribui também para que o leitor se identifique com o cronista, que acaba se tornando o porta-voz daquele que lê.
 
 
 
 

 

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