Mezinhas, a medicina popular
Outrora, no tempo dos meus avós, o difícil acesso à chamada medicina e aos medicamentos fazia com que o povo recorresse frequentemente a «mezinhas» para curar os males do corpo e da alma.
Nestas mezinhas eram utilizados diversos materiais, tais como plantas, minerais, materiais inorgânicos de origem animal e humana, entre outros.
Estes materiais eram depois usados na confecção de chás, xaropes e cataplasmas que se acreditava terem um poder curativo. Para além disso, a medicina popular englobava também crenças e superstições, benzeduras e rezas que compunham o imaginário do povo.
Hoje trago-vos algumas das mezinhas que fazem parte da medicina popular do Algarve:
Para as anginas e outras inflamações da garganta:
Para estas maleitas usava-se: Agua das malvas (Levar a ferver folhas de malva. Quando a água estiver morna, fazer gargarejos); «Alva de cão» (Actualmente em desuso, mas praticada antigamente sobretudo nas comunidades rurais, consistia em utilizar fezes de cão já secas, designadas popularmente por «alva de cão» para tratamento de anginas.
Existem diversas formas de a confeccionar, entre as quais: desfazer um pouco de «alva de cão» coloca-lo sobre um pano que posteriormente é fechado nas extremidades formando uma espécie de bolsa. Posteriormente inserir a bolsa de pano num recipiente com água, e levar ao fogo, deixando ferver durante dez a quinze minutos. Bebe-se depois a água resultante da fervedura.
Pode-se também optar por torrar um pouco de «alva de cão» no forno. Passá-la por um coador e posteriormente polvilhar este preparado sobre um recipiente onde previamente se colocou mel.); Agua salgada (fazer gargarejos com água salgada).
Para o colesterol:
Para o colesterol aconselhava-se: Beringela (Colocar uma beringela cortada aos bocados num litro de água fria e deixar em repouso durante vinte e quatro horas. Deve-se beber várias vezes ao dia); Dente de alho (Com ajuda de um copo de água, engolir um alho pisado em jejum).
Leia este tema completo a partir de 25 de Março carregando aqui.
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