domingo, 10 de março de 2013

A MULHER DE TRINTA ANOS - Honoré de Balzac - Texto de João Manuel Brito Sousa

 
A MULHER DE TRINTA ANOS - Honoré de Balzac - Texto de João Manuel Brito Sousa
 
Balzac foi um escritor francês do século XIX, contemporâneo de Gustave Flaubert e Racine, que são de opinião que Balzac seria um bom escritor se soubesse escrever.
 
Dizem os seus biógrafos que, por a mãe ser muito fria na relação com ele, teria eventualmente procurado nas suas relações, mulheres mais velhas do que ele.
 
De tal modo foi assim, que o termo «balzaquiana» tem sido aplicado a um certo tipo de mulheres, com características que não estão totalmente definidas. Tem-se a tendência para restringir a classificação a uma determinada faixa etária que, até há bem pouco tempo incluía os quarenta anos mas que, nos dias de hoje, se pode bem estender até aos cinquenta e muitos.

O livro, «A MULHER DE TRINTA ANOS», é um romance de costumes integrado no terceiro volume de la Comédie Humaine, obra que Balzac levou quase vinte anos a preparar. O livro retracta a condição da mulher aristocrático - burguesa da primeira metade do século XIX, em França, submetida às obrigações do casamento.

Impossibilitada de desfazer os laços do mesmo quando se sente enganada nas expectativas de uma vida em comum, ao mesmo tempo que regista o perfil de uma mulher intelectualmente independente, determinada, culta, sensível, e, por isso, vítima heróica e martirizada dessa mesma condição.

Drama duma mulher, Júlia, que o casamento com um coronel desiludiu. Acorrentada pela força dos convencionalismos sociais, assume a sua posição de mulher só, e resiste ao amor de Lorde Grenville, que acaba por morrer para não comprometer a honra da mulher amada. Duplamente ferida – pela solidão e pelo desgosto -, Júlia acaba por se ligar com o jovem diplomata Charles de Vandenesse, para conhecer, no seu amor, todas as dores que podem acompanhar os arrebatamentos de uma «mulher de trinta anos».
 
 
 
 
 


 

Sem comentários:

Enviar um comentário