sexta-feira, 29 de março de 2013

Fundação Logosófica – Em Prol da Superação Humana - São Paulo - O capital não existe - Cotação do esforço e soma do produto humano para a avaliação do trabalho - Carlos Bernardo González Pecotche – RAUMSOL

 
Fundação Logosófica – Em Prol da Superação Humana - São Paulo - O capital não existe - Cotação do esforço e soma do produto humano para a avaliação do trabalho - Carlos Bernardo González Pecotche – RAUMSOL
 
Um dos problemas que mais se acentuaram neste século * e que vem sendo motivo de grandes preocupações para os governos de todos os países do mundo, é o promovido pela constante desinteligência entre o capital e o trabalho. Mais exato seria dizer – porque, em honra à verdade, isto é o que acontece – que existe uma aversão crónica e um constante estado de sublevação mental nas massas operárias, que representam o trabalho, em relação aos chamados patrões, que comumente são designados com o nome de capital.
 
Para aquelas, é crença enraizada que elas representam o trabalho e que são exploradas pelos que manejam o capital. E de tal crença parte o erro que dá a base para todos os conflitos que se suscitam na engrenagem das finanças e das economias, na qual entram em jogo os interesses de uns e de outros.
 
Parece incrível que legisladores e homens versados em questões sociais, e particularmente em elucidar temas relacionados com as questões operárias e o desenvolvimento do capital, não tenham podido enfocar esses problemas em seu aspecto essencial, discriminando, para o melhor e mais claro entendimento de todos, o que significa ou deve significar cada atividade humana e como deve ser julgada ao se estimar sua contribuição.
 
Analisadas as perspectivas que cada homem nos oferece em seu posto de trabalho e de luta, deve-se chegar à conclusão de que o capital, como tal, não existe, e, por outro lado, em substituição a ele temos o que poderíamos denominar trabalho superior. O que anteriormente se chamava trabalho deve ser denominado trabalho inferior.
 
Vejamos agora o estudo que ilustrará o leitor sobre a razão na qual fundamentamos esta apreciação.
 
Comecemos por deixar bem estabelecido que, não sendo vedado a ninguém poder ser ou ter o que são ou têm aqueles que parecem ser os mais afortunados, fica de fato o caminho aberto às aspirações de todos. Porém, tenhamos aqui presente que, embora a mente de cada ser humano tenha sido feita sem variações – ou seja, todas foram dotadas de idêntico mecanismo –, com o correr do tempo, enquanto as mentes de uns foram evoluindo desde os primitivos estados da espécie humana até alcançar, depois, pelo cultivo da inteligência e pela educação que se foi acentuando de geração em geração, as mais proeminentes posições no seio da sociedade humana, as de outros, que no final das contas são a maioria, atrasaram-se a tal ponto que, postos lado a lado, dois homens de cada uma dessas duas posições descritas dariam a impressão de que um deles, aquele cuja mente se acha em melhores condições e até, poderíamos dizer, sincronizada com o ritmo do progresso, vivesse em nossa época, ou seja, nos anos em que estamos vivendo, ocorrendo que o outro, a julgar por sua incapacidade e inferioridade de condições intelectuais, estaria vivendo ainda nos séculos passados ou, pelo menos, com muito atraso em comparação com o outro.
 
 
 

 

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