Dona Ana de Sousa ou Ngola Ana Nzinga Mbande ou Rainha Ginga
Nota de Daniel Teixeira:
Este tema tem maiores desenvolvimentos e neste trabalho apenas se coloca aquilo que consideramos ser o essencial sobre a biografia de Dona Ana de Sousa ou Ngola Ana Nzinga Mabande ou ainda Rainha Ginga. O objectivo é sobretudo o de apresentar dois painéis em azulejo e respectivas referências, um sobre a Recepção feita à Rainha no Palácio do Governador de Luanda e um outro sobre o Baptismo da Rainha recolhidos no Blogue AngolaBela, aqui.
Ana de Sousa
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Dona Ana de Sousa ou Ngola Ana Nzinga Mbande ou Rainha Ginga (c. 1583 — Matamba, 17 de dezembro de 1663) foi uma rainha («Ngola») dos reinos do Ndongo e de Matamba, no Sudoeste de Africa, no século XVII. O seu título real na língua quimbundo - «Ngola» -, foi o nome utilizado pelos portugueses para denominar aquela região (Angola).
Nzinga viveu durante um período em que o tráfico de escravos africanos e a consolidação do poder dos portugueses na região estavam a crescer rapidamente. Era filha de Nzinga a Mbande Ngola Kiluanje e de Guenguela Cakombe, e irmã do Ngola Ngoli Bbondi (o régulo de Matamba), que tendo se revoltado contra o domínio português em 1618, foi derrotado pelas forças sob o comando de Luís Mendes de Vasconcelos.
O seu nome surge nos registos históricos três anos mais tarde, como uma enviada de seu irmão, numa conferência de paz com o governador português de Luanda. Após anos de incursões portuguesas para capturar escravos, e entre batalhas intermitentes, Nzinga negociou um tratado de termos iguais, converteu-se ao cristianismo para fortalecer o tratado e adoptou o nome português de Dona Ana de Sousa.
No ano subsequente, entretanto, reiniciaram-se as hostilidades. As fontes divergem quanto ao motivo:
Ngoli Bbondi teria se revoltado novamente, fazendo grandes ofensas aos portugueses e derrotando as tropas do governador português João Correia de Sousa em 1621. Dona Ana, entretanto, teria permanecido fiel aos portugueses, a quem teria auxiliado por vingança ao assassinato, pelo irmão, de um filho seu. Tendo envenenado o irmão, sucedeu-lhe no poder.
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