domingo, 10 de março de 2013

Aconteceu em Cravinhos - Crónica em Caipirês - Por ACAS

 
Aconteceu em Cravinhos - Crónica em Caipirês - Por ACAS
 
Eu firmo de pé-junto, que o causo que vô contá aconteceu em Cravinhos (SP), na região da arta mogiana. Cravinhos é a terra onde o ACAS naceu; assim como o Eumir Nogueira, o Ariovaldo Quaglio, o João Carrascosa e outros. ..............................................
 
Lá nas banda da Vila Viegas, fundão de Cravinhos, morava um tár de Cabeção; aliáis, o nome dele era Totonho, mais o apelido era Cabeção. E o apelido num era errado não sô: o tár, sujeito sacudido, tinha uma cabeça grande por demais. Num havia boina, chapéu, paiêta ô boné que cubésse na cabeça do tár. E, se huvéra de ixistí, no chapéu havia de cabê uma jaca intêra; daquelas grandona... .
 
Mai, aforante o tamanho da moringa, era um homi pacato, bão que nem miolo de pão e muito paciente.
 
Craro que o Totonho num gostava de sê chamado de Cabeção, mai indêusde a iscola rurár que os minino chamava ele de Cabeção. Mai tinha um, o Justino,fío dos dono da fazenda que era um esturpor: tuda as veiz que incontrava com o Totonho, chamava ele de Cabeção e inda dava um cóque no meio da moringa dele. Das veiz parecia que num ía falá a palavra Cabeção, mai dava o cóque na cabeça dele e preguntava:
- Como vai, Cabeção?
 
Os tempo fôro passano. O Totonho, já casado e cum famía, seguia sua vidinha, mai sempre que topava c´o Justino, lá vinha o cóque na cabeça e a pergunta: - como vai Cabeção?
 
Das veiz o Totonho táva cum seu fío, o Ari, que chorava tuda as veiz que o pai encontrava o Justino. E o Totonho sentía uma réiva danada daquele janota, que mais de trinta ano caçoano dele, por causa do tamanho da cabeça. I sentia vergonha tamém: por muitas veiz ele pedia pro Justino num fazê aquilo perto das ôtra pessoa i principarmente perto do seu fío Ari. Mais quá!!!!!!!
 
Certo dia, adispois de um mião de veiz que o mardito janota fazia aquilo pro Totonho, dano tapa no mei da cabeça e preguntano si ele táva bem; o Totonho Cabeção arrancou a faca que trazia amoitada na cintura i meteu o aço no bucho do janota zombeteiro, matando o Justino na hora!
 
 
 
 

 

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