Contrastes da vida - Texto de Lina Vedes
Era uma vez… Assim começavam os contos tradicionais infantis.
Era uma vez…há muitos anos… os habitantes das férteis hortas que circundavam a cidade de Faro eram conhecidos por montanheiros!
Os citadinos consideravam-se pessoas de primeira categoria e até os mais pobres, de entre eles, se julgavam superiores aos montanheiros.
Os montanheiros não eram pobres, viviam do trabalho alimentando toda a cidade. Das hortas vinha tudo o que se consumia na alimentação dos senhores, que se intitulavam importantes.
Os montanheiros trabalhavam de sol a sol e sabiam que necessitavam dos habitantes da cidade para a compra dos seus produtos. Sabiam da alcunha «montanheiros», não gostavam e desprezavam os que viviam de corpo direito, enfatuados, olhando-os de cima e regateando o preço do seu trabalho humilde.
Tinham em comum o respeito e obediência às regras sociais assistindo aos mais idosos, acreditando na doutrina cristã, honrando a palavra dada e sobretudo, pudicos e verdadeiros ignorantes nas questões sexuais.
A sociedade, na generalidade, era furiosamente castradora de sentimentos. Amor e sexo era uma utopia, a felicidade conjugal poderia ser sonhada mas, muitas vezes, era destruída logo nas primeiras experiências de lua-de-mel.
Os casamentos visavam interesses familiares.
Assim aconteceu com Amélia e Joaquim vivendo na zona da Senhora da Saúde, perto de Faro, por volta de 1938. Acomodaram-se, tiveram dois filhos, Joaquim Manuel e Maria José, juntaram as suas terras e foram exemplares no viver pacífico e rotineiro.
Haviam recebido dos pais concepções erróneas de vida e pretendiam utilizar, com os filhos, esses mesmos métodos bárbaros, limitadores e causadores de sofrimentos ilimitados.
Após a quarta classe o filho mais velho, Joaquim Manuel, ingressa na Escola Comercial e Industrial de Faro. O forte desejo de dar aos filhos uma vida melhor tornou-se, nessa altura, imperativo tanto para os da cidade como, mais ainda, para os montanheiros que não queriam continuar inferiorizados.
Era uma vez…há muitos anos… os habitantes das férteis hortas que circundavam a cidade de Faro eram conhecidos por montanheiros!
Os citadinos consideravam-se pessoas de primeira categoria e até os mais pobres, de entre eles, se julgavam superiores aos montanheiros.
Os montanheiros não eram pobres, viviam do trabalho alimentando toda a cidade. Das hortas vinha tudo o que se consumia na alimentação dos senhores, que se intitulavam importantes.
Os montanheiros trabalhavam de sol a sol e sabiam que necessitavam dos habitantes da cidade para a compra dos seus produtos. Sabiam da alcunha «montanheiros», não gostavam e desprezavam os que viviam de corpo direito, enfatuados, olhando-os de cima e regateando o preço do seu trabalho humilde.
Tinham em comum o respeito e obediência às regras sociais assistindo aos mais idosos, acreditando na doutrina cristã, honrando a palavra dada e sobretudo, pudicos e verdadeiros ignorantes nas questões sexuais.
A sociedade, na generalidade, era furiosamente castradora de sentimentos. Amor e sexo era uma utopia, a felicidade conjugal poderia ser sonhada mas, muitas vezes, era destruída logo nas primeiras experiências de lua-de-mel.
Os casamentos visavam interesses familiares.
Assim aconteceu com Amélia e Joaquim vivendo na zona da Senhora da Saúde, perto de Faro, por volta de 1938. Acomodaram-se, tiveram dois filhos, Joaquim Manuel e Maria José, juntaram as suas terras e foram exemplares no viver pacífico e rotineiro.
Haviam recebido dos pais concepções erróneas de vida e pretendiam utilizar, com os filhos, esses mesmos métodos bárbaros, limitadores e causadores de sofrimentos ilimitados.
Após a quarta classe o filho mais velho, Joaquim Manuel, ingressa na Escola Comercial e Industrial de Faro. O forte desejo de dar aos filhos uma vida melhor tornou-se, nessa altura, imperativo tanto para os da cidade como, mais ainda, para os montanheiros que não queriam continuar inferiorizados.
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