VAMOS NAMORAR - Por João Manuel Brito de Sousa
Esta expressão, tão bela como o azul verde do mar, conforta-nos a alma mas é o coração, o órgão vital e comandante das tropas de cada um de nós, que mais se emociona ao ouvi-la.
E é uma expressão de agradável ternura.
Recorda um beijo roubado à entrada do milheiral quando o pai dela chegava ….
Não soubemos ser pais, foi pouco o que lhes demos; os nossos filhos, em quaisquer circunstâncias serão os nossos herdeiros, recebem de nós se nós lhes dermos e entregarão a seus filhos, nossos netos, o que tiverem para dar disso que receberam de nós… é tradição, vem o latim traditio, passar de mão em mão …
Nunca dissemos: amo-te, minha querida Mãe. Nunca dissemos, amo-te meu querido Pai.
A Mãe, na minha juventude era vossemecê, que nós arredondávamos para um envergonhado vomeceia; fomos às vezes maus para as nossas mães e só agora que elas partiram, é que olhamos para o céu à sua procura e elas de lá sorriem-nos ... …
Os meus irmãos, as minhas tias, primos e primas, tudo que tenha afinidade sanguínea são os meus amores…
Até os meus vizinhos de ontem e de hoje, os que já partiram e os que ainda estão, todo eles recebem o meu sorriso ….
Os meus professores (tive tantos…) ; os meus alunos (tive tantos) ; os meus amigos (tenho tantos…) recebem todos os meus afectos … mas as mulheres foram a minha perdição … tão belos momentos mesmo quando recebia um não e foi isso a maior parte das vezes. Ficou sempre a saudade … do que poderia ter sido …
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