sábado, 9 de fevereiro de 2013

Histórias da minha terra – Sintra Romântica - Por Arlete Piedade

 
Histórias da minha terra – Sintra Romântica - Por Arlete Piedade
 
 Continuando a série de histórias da minha terra, em que tenho falado de alguns dos locais mais belos de Portugal, com as suas gentes, monumentos e factos históricos, muitos deles já do domínio da lenda, escolhi hoje escrever Sintra.
 
Sintra é uma vila localizada a oeste de Lisboa, próxima ao Oceano Atlântico, numa serra única em Portugal, pois distingue-se por ter um microclima próprio, caracterizado por temperaturas mais baixas e húmidas, que muitas vezes resultam em neblinas que envolvem a serra, a vila e zonas limítrofes num manto irreal de sonho. Este clima desde sempre atraiu a Sintra pessoas que procuravam um refúgio de frescura, para fugirem á capital com temperaturas mais altas e secas.
 
 Sintra foi povoada desde tempos muito antigos, como o atestam diversos achados e vestígios, mas foi a partir do sec. XVIII e XIX que se tornou famosa. Com efeito os reis de Portugal, e em especial as damas da corte procuravam Sintra como local de férias e retiros, e foram construindo palácios românticos no meio da serra e mandando plantar árvores e plantas exóticas, construindo parques e jardins, aproveitando o clima sempre húmido.
 
Também na mesma época, nobres ingleses, bem como artistas e escritores, descobriram Sintra, como local romântico por excelência, com a sua paisagem misteriosa entrecortada por brumas, os seus palácios encobertos pelos parques luxuriosos, os seus vestígios do passado, com o mar bravio e as praias douradas a lamberem-lhe os pés.
 
Assim no Verão de 1787 William Beckford, chega a Sintra como hóspede do 5° marquês de Marialva, estribeiro - mor do reino, residente na sua propriedade de Seteais.
Também a princesa D. Carlota Joaquina, mulher do regente D. João, compra, no princípio do século XIX, a Quinta e o Palácio do Ramalhão.
Entre 1791 e 1793 Gerard Devisme manda construir na sua grandiosa Quinta de Monserrate o palacete neo-gótico cujo desenho — supõe-se que de arquitecto inglês — não foi ainda atribuído com segurança.
 
 
 
 
 

 
 

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