Ernest Hemingway- (1898-1961) - Por Arlete Deretti Fernandes
«A morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti».
Esta é uma reflexão de John Donne, poeta inglês do século XVI, na verdade um belo verso de suas Meditações XVII que Hemingway deu destaque em seu livro Por Quem os Sinos Dobram.
Ernest Hemingway, o mais conhecido novelista norte-americano de sua geração, nasceu e cresceu em Oak Park, no estado de Illinois. Seu pai era um médico de pouco prestígio (que se suicidaria em 1928), e sua mãe, uma mulher apaixonada por música, que desejava fazer de Ernest um violoncelista.
Desde a juventude Ernest mostrou-se propenso à Literatura, produzindo seus primeiros contos já em 1916. influenciado pela técnica de Jack London e usando as lembranças de Walloon Lake e Petoskei, região do oeste de Michigan, onde sua família costumava caçar e pescar.
Nesses primeiros contos, ( O Julgamento de Manitou, Sepin Jingan, Uma Questão de Cor), descobriu que sabia escrever uma narrativa de história envolvente, tendo por objetivo o mundo da violência e a natureza selvagem que apareceriam em quase toda a sua obra, carregada de amargura e desilusão.
Aos dezoito anos, Hemingway ligou-se seriamente ao jornalismo, lendo avidamente os escritos da Imprensa de Chicago, principalmente as crônicas de Ring Lardner na Tribuna, repletas de humor destrutivo (na tradição de Mark Twain), individualismo, sátira social e autocrítica.
Estes traços também influenciaram as obras de Hemingway, na qual se percebem influências do estilo objetivo de Conrad e Theodore Dreiser e sugestões do mundo interior de Joyce e Gertrude Stein.
Em 1917 a preocupação de Hemingway era tornar-se jornalista do Kansas City Star, onde se escrevia com frases simples e diretas. Mais tarde, ele dizia: «trabalhar num jornal, jamais prejudica um jovem escritor; poderá mesmo ajudá-lo, se ele se desligar dessa ocupação no momento desejado». No Star, porta voz do meio oeste norte americano, aprendeu a empregar frases curtas, parágrafos com inícios breves e um inglês vigoroso, usando afirmações e evitando os adjetivos.
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